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Contos-->Seu Candinho! -- 06/04/2009 - 16:21 (Antonio Accacio Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu Candinho
Antonio Accacio Talli

Seu Candinho sofre terrível atropelamento em uma das principais avenidas do Rio. Foi pavoroso, pois, ao tentar atravessar a avenida, foi pego por um carro em alta velocidade e lançado a uns dez metros de distância. Em choque, é atendido no Pronto-Socorro e internado com fraturas generalizadas e hemorragia. Só um milagre o salvaria. Pois bem, esse milagre aconteceu!

Graças à eficiência e à dedicação dos médicos, principalmente da equipe ortopédica, ele começou a recuperar-se e, após 15 dias, saiu do coma. Começou a alimentar-se, foi ficando forte e só não se locomovia devido às múltiplas fraturas.

Seu Candinho, muito simpático e carismático, tornou-se em pouco tempo querido e amado pelos médicos, residentes, enfermeiros e pelos demais pacientes.

A sua cama passou a ser ponto de reunião de todos, tabuleiro de xadrez e mesa para jogos de baralho. Era o dono da enfermaria e o rei do baralho.

Após seis meses de internação, sofrimentos e incertezas, já sem os aparelhos e o gesso, começa a andar com dificuldade. Auxiliado por fisioterapia, melhora dia a dia. Mais dois meses e Seu Candinho, totalmente recuperado, é avisado de que terá alta.

Uma semana antes começa a despedir-se e recebe muitos presentes. Tudo era alegria.

Mas, horas antes da alta, eis que um sextanista, que estagiava no Departamento de Ortopedia, ao realizar a visita matinal, examina Seu Candinho e diz:
“O senhor está ótimo. A única coisa é que está um pouco pálido. Não chega a ser uma anemia, no entanto, um sanguinho o deixará 100%”.

De imediato, grita para o enfermeiro:
“Manda meio litro de sangue e faz a transfusão; quero vê-lo sair vermelho como um camarão”.

Após cinco minutos do início da transfusão, Seu Candinho começa a convulsionar e, num choque anafilático, tem uma parada cardiorrespiratória e, infelizmente, por ironia do destino, ele, que gostava tanto de jogar baralho, vem a bater com as dez.

Foi uma fatalidade.

Obs: este conto faz parte do livro `Injeções de Humor`, de Antonio Accacio Talli, editora Komedi.
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