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cronicas-->cronicas da Minha Aldeia VI - 4 - Dona Clara -- 07/02/2006 - 15:05 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dona Clara

Naquela noite nós estávamos conversando sobre o grande acontecimento naquele início dos anos sessenta. Eu estava muito atento as coisas que aconteciam e não prestava muita atenção no que meus irmãos falavam. Já era de madrugada e, no céu, uma lua parecia que iria cair bem dentro do quarto dos fundos, do sobrado da Avenida Nilo Peçanha, 128. O céu estava muito estrelados e, como a janela estava totalmente escancarada, seria possível que algumas estrela também caíssem.
Nós estávamos conversando sobre o bêbê. O grande acontecimento era este. Minha mãe iria ganhar um bêbê e a cegonha iria trazê-lo naquela noite.
Como a janela ficava próxima ao campanário da igreja de Santo António,na Rua José de Alvarenga, eu achava que o sino poderia tocar e espantar a cegonha que poderia deixar o bêbê
cair. Os morcegos também davam muito sustos com suas piruetas em alta velocidade. Aquela era uma janela povoada de meninos e de expectativas. Eu só me tranquilizei em relação a queda da cegonha por um susto do sino ou um esbarrão com um dos morcegos quando um dos meu irmãos nos lembrou que a Dona Clara havia chegado.Eu acreditava
que ela era a dona das cegonhas e que
devia treiná-las para este tipo de serviço.
A única parteira que eu conheci
na minha Aldeia era muito simpática e sempre quando passava com sua bolsa e seu cabelo em coque, todo mundo sabia que uma criança estava a caminho. Ela morava na Estrada da Várzea, ali perto onde o Bloco dos Sertanejos se reunia. O bloco também conhecido como bloco do Beto Cavaco que era o fundador, músico e líder do bloco. A sua casa era a sede do bloco. Dizem até que por ter vindo ao mundo pelas mãos mágicas de Dona Clara e, por ter sido muito bem recebido, a parteira na volta de cada nascimento já deixava a com ele, ficha de inscrição do bebe, no bloco.
O cansaço venceu as expectativas e a criançada caiu no sono, só acordando no dia seguinte com o choro do neném que havia caído do céu.
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