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Contos-->Marido ciumento! -- 18/06/2009 - 21:00 (Antonio Accacio Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MARIDO CIUMENTO
Antonio Accacio Talli

Dolores era uma bela enfermeira que trabalhava no serviço de radiologia do hospital. Seu marido, policial militar, muito ciumento, soube por bocas malignas que ela estava tendo um caso com um médico do hospital.

Numa manhã, Dr. Farid, médico com 75 anos, cabeça branca, já no apagar de sua profissão, entra no serviço de radiologia com uma cólica renal violenta. Pálido, suando frio, abdômen distendido, vômitos, e urrando como um leão por causa das dores, entra na sala para ser submetido a uma urografia excretora.

Dr. Farid tira toda a roupa, ficando só de cueca, a pedido do atendente que, em seguida, se retira. Enquanto aguardava a entrada do radiologista, ele, sem posição fixa devido às fortes dores, andava pela sala desesperado. De repente, Dr. Farid escuta uma correria, gritaria e o barulho de um tiro explodindo no corredor. De súbito, abre-se a porta da sala em que estava e Dolores, a linda enfermeira, entra correndo e, agarrando-se ao Dr. Farid, começa a gritar:
“Pelo amor de Deus, me salva, meu marido quer me matar, ele está louco e pensa que eu o estou traindo”. De fato, o marido, espumando de raiva e ciúmes, tinha invadido o departamento de RX com um revólver, procurando a esposa e o amante para matá-los.

Dr. Farid, que pouco conhecia Dolores, de cueca e com uma cólica terrível, pensa:
“Agora estou morto, o homem vai entrar aqui e ao me ver quase pelado e agarrado pela mulher vai concluir que eu sou o amante e vai nos fuzilar. Estou fo...!”.

Rapidamente, Dr. Farid, apavorado, desvencilha-se de Dolores e atira-se por uma janela aberta que dava para um grande jardim em frente do hospital a uma altura de um metro e meio.

De cueca, atravessa o jardim correndo, entra e cruza a sala de espera do Pronto-Socorro e se fecha numa sala do ambulatório. Depois de muito tempo, a pedido de seus colegas, Dr. Farid abre a porta, já vestido com as roupas que lhe levaram, transfigurado e olhando para todos os lados, e diz:
“Vejam o que me aprontaram, no fim da minha vida: em vez de morrer da cólica renal, quase morro assassinado e sem culpa alguma. Por falar em cólica renal, não preciso fazer a urografia. Durante a corrida, a pedra deve ter saído: não sinto mais dores”.

Dolores teve uma crise nervosa e foi socorrida, com ¬muita presteza e muito carinho, por vários médicos amigos
e muito íntimos.

O único inocente nessa história era o pobre do Dr. Farid.

O marido, após ser desarmado pelos seguranças, foi metido numa camisa-de-força e internado num hospício com o diagnóstico psiquiátrico de: ‘corno louco’.


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