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Poesias-->SEPARAÇÃO -- 11/09/2010 - 21:05 (Marianne Franca ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em meio ao sonho, o silêncio

aos poucos se fechou

e o pálido tempo correu indiferente

na (contra)mão do amor;

o verão, varreu o frio da casa deserta

o perfume agreste do jardim

vestiu a sala com a mesa posta,

os lençóis bordados de quimeras,

em tantos anos de espera

meus olhos ficaram cegos, meu amor;



de inverno em inverno,

esqueceste o lilás das uvas

cintilando na colônia;

as palmeiras sombreando

os nomes secretos

num extinto abril;

se voltares, não retomarás

os beijos perdidos entre luz e cinzas;

não desvendarás as palavras

gravadas na carne;

o êxtase oculto atrás dos olhos;



são tantas chaves – eis a questão;

a lua escureceu os nossos rostos,

o pó cobriu os nossos passos,



não precisamos nos dizer adeus.



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