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Contos-->PARANÓIA -- 15/04/2001 - 16:18 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Bom dia amigos. Tenho lido muito o que se escreve neste local cibernético.
Notei que há maldosos que teimam em falar mal de certos cargos e papéis existentes em nossas instituições. São diatribles terríveis e resolví defender minha categoria nos seguintes termos:
1. Sou gerente há muitos anos.
2. Não devo nada para ninguém. (Até a presente data).
3. Quero tirar um chato do nosso clube há muito tempo e não consigo. Meu cargo corre perigo. Mas hei de vencer!
4. Na verdade a história é assim: Fui eleito gerente do clube por esmagadora maioria. Nele apareceu logo após o pleito, um sócio que teimava em não seguir as normas. Fizemos reuniões e mais reuniões para definirmos estratégias de afastamento daquele morcegão. Todas as formas indiretas foram tentadas. Fizemos tráfico de influência na Companhia Paulista de Força, na Companhia de Água e Esgoto, na Empresa de Limpeza Pública (as margaridas não varriam mais a frente da casa daquele minhocuçu), etc e... nada. O tarado alí plantado, duro feito um pau, tomado que ficou, assim como que dominado por uma catatonia invulgar , não arredou mesmo o pé. Todos nós sabemos, a cidade toda sabe que o cara é um paranóico. Um chato de galochas que mistura alhos com bugalhos. É um cara super esquisito. Para o seu governo, saiba que o anormal, quando se viu em papos de aranha, não vacilou em lançar um super torpedo preto dentro da piscina onde só havia meninas moças. Imaginem só aquele tolete comprido e meio marrom perto do ralo. A mulherada arrepiou. A freqüencia caiu barbaridade.
Mas não tem nada não. Nós ainda o caçaremos.
Tenho dito que o meu cargo de gerente continuará existindo para a eterna memória dos tempos. No final do mês irei para Miami. Meu vôo?É o 948.
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