Olho a tarde azul de verão
e entre surpresa e encanto,
vejo refletido nela
um tanto do amor que sinto
e um tanto da doçura e da paz
que dos teus olhos retiro.
E lembro que sempre que digo “te amo”
me olhas como descrente
por não achar, talvez, que mereças
amor tão grande, puro e indecente.
Pois te digo ainda outra coisa:
O que não há no mundo, por certo,
é quem não mereça na vida
sentir no peito o que sinto
quando me vejo, inteira e perdida,
no teu olhar tão verde e intenso.
E quando recebo a bênção divina
do teu sorriso doce, do teu afago suave
e teu carinho tão grande
que nem em meu peito,
nem no teu,
não cabe.
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