Vamos botar ordem no galinheiro!
As senhoras casadas, bem nutridas e donas-de-casa, passem para a direita. Podem falar o que quiserem, desde que tragam uns risolis e empadinhas.
As descasadas, porém fogosas, com um tufão nos quadris, podem ficar onde quiserem. Podem se manifestar à vontade, desde que nos comam com os olhos.
As esposas de advogados tenham a bondade de ficar no fundão. As de médicos só entram se trouxerem amostras grátis.
Os funcionários públicos podem se acomodar no pub ao lado. Aquele que tem dardos no balcão. Os professores e professoras em licença remunerada cuidam da conta e podem debitar onde quiserem.
Os evangélicos podem se sentar e ficar batendo palmas. Já os católicos, limitem-se a abanar os braços no ar, feito um moinho de vento.
Os bichinhas nem tentem entrar no ambiente, a PE vai estar de olho. Não se apaixonem.
Os formados em filosofia podem ficar no quintal, tentando entrar num acordo. Aos drags reservamos mesas na varanda. Rifem o que puderem para ajudar nas despesas.
Os office-boys podem ficar onde quiserem e comer todas que toparem. Os que trabalham em universidade pública limitem-se a olhar, sem dizer nada, a não ser soltar gases.
Aos que moram em Brasília, reservamos duas suítes no hotel do Ramalhão. Só não podem roer as unhas.
Para as mais vadias a gente liberou geral - sentem onde quiserem. Os maridos vocês podem deixar na charutaria.
Os que gostam de falar do que leram vão ser enrabados pelo pessoal da faxina. Não liguem para seus gritos lancinantes. É de puro prazer estético.
Às discretas reservamos uns vinhos de safra especial, para que liberem a tigresa que existe no decote delas.
O locutor é um reincidente arrependido do PT. A recepcionista não usa calcinha. O porteiro estudou num seminário, e o ascensorista tem tara por celulite.
Sintam-se em casa. Quem gozar, gozou, quem não der, pipocou, ou amarelou. Exceção feita aos/às nisseis.
Bom proveito, a pauta está aberta. Mais aberta que ex-interna querendo botar pra quebrar.
Com a palavra o reitor!