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cronicas-->A desligada (2ª Parte) -- 31/03/2006 - 19:38 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Desligada (2a Parte)

Januária hoje está casada. Seu marido, Volni, a quem ela chama de Nino, já se acostumou com suas extravagàncias. No primeiro verão que desfrutaram juntos, no apartamento novo, tudo foi maravilha, se não fosse por um contra tempo: o ventilador.
Compraram um ventilador que levantava o pescoço para cima e para baixo, a fim de direcionar melhor o ar deslocado.
Como já disse era começo de vida em comum e, portanto poucos móveis eles tinham. O ventilador foi instalado no chão aos pés da cama. O telefone estava instalado na sala e sua sirene estridente assustava Januária. Onde quer que ela estivesse ao ouvir a sirene, tinha um sobressalto e pulava para ir atender ao telefone. Januária e Nino deitaram-se para curtir uma soneca e o ventilador.
Uma hora depois o telefone toca, Januária rapidamente se levanta da cama e dá um salto para atender ao telefone. Quando levanta o fone do gancho já haviam desligado. Volta ao quarto e encontra Nino de pé, de cueca, fulo da vida.
- Sua desmiolada veja o que fizesses com o ventilador.
O aparelho quebrou a parte do pescoço e hoje só ventila para baixo.
Certa vez ela saiu do serviço com sua amiga Cristina, pegou uma carona até a frente de seu prédio. Cristina precisava muito de uma revista de tricó que ela possuía e queria aproveitar para também bater um papo, tomar um delicioso café, etc. Chegaram à porta do apartamento e Januária começou a rebuscar na bolsa a chave. Derramou tudo que tinha na bolsa e nada. Esperaram o marido dela na frente do prédio. A chave estava em cima da mesa, pois ela havia saído para o trabalho antes de Nino e esquecido a mesma.
Cristina entre chateada, compreensiva e brava ficou das dezessete até as vinte horas sentada na frente do prédio. Pior estava para acontecer, ela não encontrou a revista e se lembrou que a havia emprestado para uma prima da cidade de Gaspar.
Januária tem um péssimo costume, ouvir a conversa dos outros. Como mora em apartamento seu passatempo ficou mais em voga, pois as paredes são coladas e brigas entre casais são constantes. De seu banheiro dava para ouvir a briga constante de um casal. Para ouvir melhor ela pegava um mocho, subia e colocava o ouvido na janela. Azar o seu, escorregou, foi de encontro ao boxe do banheiro e se estatelou no chão. Ficou estática, já que o barulho tinha sido grande e ouviu o comentário de seu vizinho briguento:
- Mataram alguém.
Quando Nino chega, Januária estava andando toda torta e Nino comenta:
- Subisse no banquinho novamente?
Vou narrar a saideira desta crónica.
Certo dia ela leva um colega de serviço até seu apartamento para que fizesse a sua declaração de Imposto de Renda. Lá chegando oferece whisky a Ratinho, este era o apelido do amigo. Ratinho aceita um cafezinho que ela faz rapidamente. Quando ela vai servir o whisky para si própria consegue quebrar o copo na garrafa e os cacos caem na cabeça do Ratinho. Ele nervoso corre para o banheiro para tirar os cacos que ficaram entranhados no cabelo. Enquanto ele está no banheiro ela tem a infeliz idéia de ligar para a esposa de Ratinho, que fica uma semana de cara virada para o marido, pois não acredita na história. E cá para nós só a conhecendo para acreditar.

Aroldo Arão de Medeiros
1999
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