O jovem estava triste...
E olhava o mar que,
encapelado,
absorvia suas angústias.
Alto mar... Céu azul...
Já se avistavam, ao longe,
vestígios de terra,
na forma verde de
umas ralas palmeiras,
que mais pareciam
mãos acenando
ao adeus de quem partia...
Foi ali,
naquela paragem insólita,
que uma gaivota
chamou sua atenção.
Não era comum.
Tinha um vôo diferente
e suas alvas penas
brilhavam ao sol púrpuro
daquele vésper melancólico...
Era setembro.
E o pássaro no seu vôo,
que mais parecia um ritual,
saudava as últimas
arribações do dia.
E ele olhava,
como que hipnotizado
por tão bela visão.
Comparava-se à gaivota,
quando voava,
em seu avião de caça...
Quantas lembranças.
Dissabores de um tempo
que deixou marcas
e um certo
"Sabore di sale"...
|
