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Artigos-->U-zine (10) -- 30/12/2002 - 06:04 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ri melhor quem tem todos os dentes, mas já está livre dos dentes do siso. Para Vinícius de Moraes, o whisky é o melhor amigo do homem, é o cachorro engarrafado. Já Marcelo Mirisola dispensa o chá das cinco com Paulo Coelho na Academia: "Quem não tem madeleine, caça com mandiopã".



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Certos pensamentos são como aves empalhadas, já não piam. Se para Octavio Paz a modernidade era o inferno com ar condicionado, para Gustavo Iochpe a pós-modernidade é o inferno, mas com o ar condicionado pifado.



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No jornal da Unicamp (agosto de 2001), o cientista Cesar Lattes não perdoa: "Teoria é masturbação. As mulheres não conseguem mais domar os homens e eles vão para os laboratórios e ficam se masturbando."



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Científico, o ex-técnico palmeirense Celso Roth definia um seu comandado: "O problema do Lopes é na cabeça. Ele não evoluiu muito nesse aspecto."



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Na sala de espera, uma constatação: certas pessoas não têm um pingo de vergonha na Caras. E uma lembrança muito antiga, de um amigo que dizia: "Se pé gastasse, pobre andava no toco."



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Ao ouvir da patroa que a cidade ocupa o segundo lugar entre as que apresentam maior incidência de contaminação pelo HIV, a empregada duvida: "Não acho que a gente esteja com essa bola toda!"



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"Quem é você?" – urrava, diante do espelho, Charles Baudelaire no auge da esquizofrenia. Josaphat canta Zeca Baleiro: "Macalé, Baudelaire, Luiz Melodia, quanta maldição! O meu coração não quer dinheiro, quer poesia." E Caetano, muito antes deles: "Não me amarra dinheiro não."



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Ao ler as opiniões sobre Gilberto Gil no Ministério da Cultura, não pude deixar de reconsiderar uma frase que, não faz muito tempo, anunciava a profissionalização de todos os artistas da cidade: "Não nos peçam para dar a única coisa que temos para vender: a nossa arte."



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Venço, logo existo. Profissão: uma palavra e seus vários sentidos. Ao lhe perguntarem se não se sentia um traidor do movimento punk, João Gordo sapeca: "O problema é que aqui no Brasil o governo não paga pra gente ser punk. Não é como na Inglaterra, na Holanda e em outros países da Europa?"



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"A ideologia é o caminho mais longo para se realizar alguma mudança social", afirma um cético Millôr Fernandes, que, sobre as mudanças nos costumes e comportamentos, pergunta: "Por que não construir de uma vez uma Estátua da Libertinagem?" Também Ismael Ivo, bailarino e coreógrafo brasileiro que dirige o balé de Stuttgart, exige uma resposta: "Liberar-se de que nos dias de hoje?"



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De pato pra ganso: "Nessa hora, um relâmpago estralou como um ovo que cai na frigideira. Fiquei ali, anulado, esperando o trovão passar e ir fazer barulho lá na puta que o pariu". É Paulo Leminski, em "Agora é que são elas", livro desdenhado pela crítica e, de certa forma, mesmo pelo autor. Em sua defesa, Boris Schnaiderman sugere e eu escrevo: vai ser prosa assim na "Morfologia do Conto Russo" de Wladimir Propp.



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"Para a realização de certos empreendimentos humanos, uma desordem bem meditada constitui o verdadeiro método."



(Herman Melville, em Moby Dick, trad.: Berenice Xavier, SP, Biblioteca Folha, Ediouro, pág. 417).





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"Meu avô me advertia desde pequeno: ninguém pode se estreitar tanto que caiba numa definição. A não ser que desista de suas virtualidades."



(Menalton Braff, em "Que enchente me carrega?", Editora Palavra Mágica, Ribeirão Preto, 2001, pág. 18)



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Como se diz "mil novecentos e tampinha de rolha", um dia se dirá: "Mas isso foi em mil novecentos e boquinha da garrafa?"



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E uma última reflexão, à espera do Ano Novo: "Agora festejamos, eu e este meu velho inimigo, eu mesmo, de quem aos poucos, às duras penas, venho me aproximando."
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