Sou um bloco flutuante deprimido,
desprendido de geleiras polares.
Apresento-me de forma pontiaguda,
uma estátua gelada errante.
Sou um perigo para a navegação,
pois, amargurada, não vejo o que há em minha frente.
Por influência do ar atmosférico,
derreto-me em lágrimas, lentamente.
Devido ao trabalho erosivo das ondas,
das indecisões, dos temores, das tristezas,
mudo freqüentemente de posição.
Iceberg humano, frio nas aparências,
porém, dentro do peito o coração arde!
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta poesia faz parte do livro:
"Eu Poético" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Agosto/ 2007 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://www.rosimeiremotta.com.br/
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