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Poesias-->Passatempo na escuridão -- 16/12/2010 - 10:33 (André Mariano de Almeida) |
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Passatempo na escuridão
Acompanho no escuro este cena que me cerca:
Dois olhos vidrados, acordados pela memória, lembram coisas vulgares,
Falam alto, cheiram devagar, obrigam a perspectiva a chegar mais perto.
Chego. Há um sentido que não se sabe sentido: sente-se vício de linguagem,
Notícia redundante, matéria aniquilada.
As luzes se ascendem, e vejo que defronte, por trás das armadilhas, há um monte,
Onde que a leviandade da brisa me suprime a encarnação dos fatos.
Fico vago, frouxo, aleatório,
Filosofo de um problema de que ninguém ouviu falar,
Filósofo de mim, e não sou eu, é apenas vácuo.
Tento cobri-lo com redemoinhos, mas não consigo sair,
Vomitar a existência, dizer adeus aos mortos que nasceram em mim
Minha poesia está suja, mas a alegria de escrevê-la...
Limpeza.
(André Mariano de Almeida – SJRP, 16/12/2010)
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