Este espaço lasso e rotineiro
Só comporta a lida alígera,
Não suporta a dadiva dos segundos.
Estes quatro planos gélidos
Não delimitam o universo alheio
À realidade física da nova era.
Confinam almas em féretros de concreto.;
Ferem as coisas imprevistas de forma calma, mas concreta.;
Confirmam a própria falta em que se degredam.
Silentes e indiferentes, as paredes não se rebelam,
Não se fazem feias ou belas, simplesmente são...e basta.
Mas não dão resposta à força clara do interno universo, verso incompleto...
Esta ferida aberta está exposta ao sol.
Ninguém vai conter à dor que se faz lauta por natureza,
Ela ultrapassará este limite concebido pela cega certeza .
Ela será abstrata, vaga,
Incompreendida ... mas será sentida,
Posto que é vida.
©Anderson Christofoletti
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