Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50673)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Lula, nunca mais! -- 02/01/2003 - 16:03 (Don Pixote de la Pança) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“LULA, NUNCA MAIS!



Jorge Baptista Ribeiro



"Quando os governantes se esquecem do presente e se voltam para o passado, perdem o futuro". ( Winston Churchil)



O jornal O Globo de 27/12/2002 reporta-se aos discursos de posse de Tancredo Neves (lido por Sarney em 1985) e de Fernando Henrique Cardoso em 1995, mostrando que Lula os repete com as mesmas promessas de solução de velhos e persistentes problemas. Tal reportagem me fez lembrar de um episódio, abaixo transcrito, vivido por Roberto Campos, contado na oportunidade em que aquele cérebro privilegiado se despedia do Congresso, onde permaneceu por 16 anos lutando, sem sucesso, contra a mesmice a burrice:



"Tancredo, designado primeiro-ministro do governo parlamentarista de João Goulart, pediu-me, em setembro de 1961, que nas duas semanas que me restavam antes de partir para o posto de embaixador do Brasil, em Washington, preparasse um programa de governo, a ser referendado pelo Parlamento, juntamente com o novo gabinete. Quando lhe ponderei a exigüidade do tempo para essa ousada tarefa, respondeu-me com mineirice sarcástica: “Você é useiro e vezeiro em fabricar programas de governo desde os tempos de Getúlio e Juscelino. No Brasil, os problemas não mudam: logo não mudam também as soluções. Daí nasceu o programa que seus autores - Bulhões Pedreira, Mário Simonsen e eu próprio - denominamos o ‘programa das tesouras’. Recortamos trabalhos antigos, que permaneciam irritantemente atuais, demonstrando nossa incapacidade de transformar crises em oportunidades e aspirações em realidades””.



Isso, "mutatis mutandi", menciono a propósito do que se pode vislumbrar, examinando-se o anunciado ministério do Governo Lula da Silva. Sem medo de estar cometendo pecaminosa heresia, permito-me pegar carona em máxima do Barão de Itararé: "De onde nada se espera, é dai mesmo que nada sairá" e complementar tal assertiva, dizendo que espero o regozijo dos que merecem Lula e sua caterva e a decepção dos ingênuos e despreparados que acreditaram no que o marqueteiro Duda Mendonça lhes enfiou goela adentro, dando comovedores ares de santo a um primário cidadão, cujo currículo político está intimamente relacionado com o quanto pior melhor . Por quê?



Acima de tudo porque, mantendo a tradicional mesmice politiqueira, agasalhou no seu ministério correligionários ainda comprometidos com os equívocos de Marx, Lenine, Trotski e Fidel e, por isso mesmo, rejeitados nas urnas por mau desempenho, aumentou o aparato do Estado e, conseqüentemente, o intervencionismo e despesas, num contexto em que a liberdade empreendedora e a poupança são indispensáveis. Esse procedimento evidencia que além da prática política rasteira e malsã, dos velhos tempos, Lula não se modernizou como pretende parecer. Continua a exibir a mesma grife marxista que o enfeitou como sindicalista e petista que sempre alardeou a excelência do regime cubano.



A propósito, creio que não foi à toa que a sensibilidade jornalística, refletindo comentários populares, se manifestou de modo sutil num jornal de grande circulação, apontando os últimos ministros como "os novos ministros-companheiros". E para os bons entendedores, essa sutileza contém no seu bojo uma indicação de que está começando a queda da máscara, usada no período eleitoral para vender aos ingênuos e desinformados a imagem de um Lula purificado dos pecados que cometeu durante a sua vida política, tanto como sindicalista líder de greves e outros movimentos sabotadores, como de petista fiel aos dogmas comunistas.



Também não é de graça que a cada dia prolifera o implacável anedotário popular sobre "o bom samaritano" - modelo de humildade e virtudes – que, quando se posta à esquerda, faz voto de pobreza, enquanto com a mão direita se delicia com iguarias, refestelado em hotéis para os ricos que sempre condenou como perversos capitalistas.



Enlouquecendo o imaginário e, portanto, admitindo-se a fantasiosa hipótese, de uma prometida guinada petista em busca de uma inatingível opção alternativa de governo, mais palatável que medeie entre o capitalismo e o socialismo, pode-se verificar pela qualidade e quantidade do "petistério" (desculpa-me Nivaldo, o plágio) que se promove um inchaço no Estado e se ergue, antes da arremetida ao indefinido, o sofístico chicote keynesiano: aquele que açoitaria o pseudoneoliberalismo de FHC e empregando medidas financiadas pelo Tesouro nacional, faria a economia deprimida despertar, retornando aos seus melhores tempos anteriores do milagre brasileiro. E, por isso, a crise com que se defronta o País se transformaria em plena prosperidade, convertendo-se, num passe de mágica, vacas magras em vacas gordas.



Por outro lado, se nos detivermos nas anunciadas pretensões do petistério, integrado por 75% de comunistas de carteirinha nos postos-chave e para onde se deslocam o grosso das verbas orçamentárias, constata-se que tarefas idênticas serão da responsabilidade de mais de um ministro. Bem a gosto de Lula que, volta e meia, se expressa por intermédio de jargões do futebol, podemos dizer que o time da estrela vermelha vai começar o "jogo" com o meio de campo embolado. E mais uma vez, rendo a minha homenagem a sabedoria da minha tetravó, educada no Colégio Sion, onde se ensinavam brocardos franceses os quais se encaixavam como uma luva em situações brasileiras. Dizia ela: "À force de cuisiniers la sauce se gatê" (panela que muitos mexem, fica com o caldo desandado - tradução livre). E é por tudo isso que repito a Regina Duarte: "tenho medo".



Lendo na imprensa declarações do futuro ministro das Cidades - que desmantelou as cidades do Rio Grande do Sul -, fiquei sabendo que a sua pasta tratará de assuntos fundiários, de transportes, de trânsito, enfim, de assuntos já da competência de outras pastas. Sob a capa do desenvolvimento também teremos superposições de comandos, podendo-se antever, portanto, choques de vaidades e de práxis.



Quanto à entrega da Cultura nacional a Gilberto Gil, dispenso-me de comentários. Basta lembrarmo-nos do personagem vazio, viscoso e metido a sebo, com o qual o humorista Chico Anísio, com grande propriedade, em um seu programa na TV, caricaturou esse cantor e compositor, para que se conclua que esse baiano não possui a menor representatividade que a pasta da Cultura exige.



O futuro ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, integrante de uma das alas mais radicais do PT, a Democracia Socialista (trotskista), ao declarar à imprensa que não punirá os invasores de terra, pois quem luta por elas tem que ser respeitado, e afinal, tem com esses "lutadores" uma identidade estratégica comum, nos dá uma exata dimensão das "farras" que o MST fará no Governo Lula, impunemente.



Dentre tantas lambanças de Lula, avulta a de se intrometer indevidamente na crise venezuelana, ferindo o livre arbítrio do povo daquela Terra. Esquecendo-se que ainda não é governo, designou seu assessor para assuntos de relacionamento internacional, Marco Aurélio Garcia, para levar ao marxista Hugo Chaves, ora repudiado por seu povo, o apoio brasileiro (1). Além de desprestigiar seu futuro chanceler Celso Amorim, ultrapassou o atual presidente e desprezou a nossa estrutura diplomática, de passado glorioso. Isto, certamente, abrirá feridas de difícil cicatrização na Casa de Rio Branco.

Mais poderia comentar, sobre a aceleração da caminhada socialista que se avizinha. Mas fico por aqui, para não chover no molhado, mostrando o óbvio que entedia. O Lulinha paz e amor foi o maior embuste nacional dos últimos tempos. Era paz e amor só para enganar os trouxas. Lula não se desvinculou das suas raízes. Quem viver verá que não é prosseguindo-se com o ranço marxista, redivivo na Nova República e bastante incrementado no governo Fernando Henrique que serão resolvidos ou pelo menos minimizados os persistentes problemas brasileiros que vem, desde há muito, agoniando toda a Nação e emperrando seu desenvolvimento.



O Brasil não precisa dos ultrapassados "ismos" para crescer. Precisa sim, sobretudo: de seriedade no trato da coisa pública, lealdade dos políticos ao mandato outorgado, da educação do seu povo, desengajada de ideologias espúrias e de muito trabalho, de inteligentemente inserir-se no mundo, inexoravelmente, globalizado, de modernizar a sua indústria e agricultura, de aprimorar a sua capacidade dissuasória, investindo no seu aparato de defesa e na ciência e na tecnologia. E tudo isso, nunca gastando mais do que arrecada e se libertando da corrupção, da impunidade, da demagogia e da perniciosa cultura patrimonialista, maior geradora do atraso.



E ao finalizar quero dizer que como brasileiro que deseja a grandeza da sua Terra e a felicidade da Nação, torcerei, apesar dos pesares, para que se repita em Lula o estalo de Vieira, de forma que caia na realidade do mundo moderno e se liberte dos malsucedidos modelos socialistas que só arruinaram a vida das Nações onde foram implantados. Se persistir apegado ao passado, certamente, reeditará no Brasil a atual situação venezuelana, ouvindo do seu povo: LULA, NUNCA MAIS!



Nota: (1) Marco Aurélio Garcia, após levar a solidariedade do Governo Lula da Silva, voou de Caracas para Havana, para prestar contas da sua missão a Fidel Castro.



Divulgação autorizada, sem restrições.

30/12/2002 – jagulha@uol.com.br”





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui