O vento brinca com folhas secas caídas ao chão.
Sinto-me como elas a circular, sem saber aonde vou parar.
Rodopio igualmente, fico tonta, sem saber o que falar, o que pensar.
Embaralha-me a mente esta imagem tão cinzenta.
Fria é a tarde, tão frio está meu coração.
Quisera eu não ter cedido ao encanto da paixão,
Hoje certamente não choraria por esta ilusão.
Ouvi os toques incessantes de um ser impensante
Que pulsava descompassado quando o via chegar.
Brinquei com a mente, poderosa mente, que ajudou-me a fantasiar.
E hoje vejo as folhas caídas, mortas, iguais a mim
Serem levadas de um lado a outro não podendo a isso por um fim.
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