Vou viajar.
Será que alguém
presente quer ganhar?
É coisa simples, nada custa,
será que isso assusta?
Vou pela estrada do bem querer,
chegando a esquina do esquecer,
dobro à direita para espaço vencer.
Caminho outro tanto
sem me cansar,
Pois, sei que agora não tardo
ao meu destino chegar.
Paro no recanto da paz
a sede vou saciar.
Depois sigo para a estrada do desdém,
neste trecho fico sem respirar,
passo rapidamente para não me contagiar.
Sabe o que é?
Lá tem gente mal encarada,
gente que olha e não diz nada,
dá desespero, te olham com desprezo.
Ah! Mas passando este mal pedaço,
chego em um tranqüilo riacho.
Pés descalços no chão, é pura emoção.
Do riacho ao meu destino é um instante,
carrego agora no peito a alegria infante.
As flores, contente vejo bailar,
o ar fresco da tarde vem me saciar.
Sou bem recebida,
por nada, nem ninguém, passo desapercebida.
Os pássaros cantam para minha chegada saudar,
as borboletas voam ao meu lado.
Vibrantes, fazem um lindo bailado.
Conduzem-me à loja da esperança,
lá, dela pego um bocado
E peço que escrevam na etiqueta
apenas uma palavra, a saber, “encantado”.
Depois vou à loja do amor,
deste, pego outro tanto e despacho pelo correio.
Destinatário???
O mundo inteiro!!!
Entro em todas as lojas,
todas doam-me presentes
para que eu possa presentear.
Viu??? Nada custa, não precisa se assustar.
Peguei lágrimas de alegria,
um bocado de estrela guia.
Amor e emoção
tem de montão.
E a sinceridade então???
Dá pra toda multidão!!!
Não sei quando vou voltar,
espero saudades deixar
e quando regressar, poderemos
todos estes presentes compartilhar.
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