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Erotico-->Um orgasmo -- 19/02/2005 - 00:28 (ednéia maria machado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pensei, a princípio, que era a lentidão do vento. Apesar de contínuo, ele tinha uma lentidão concreta - eu quase podia prendê-lo no meio dos pelos de meus braços. Devargazinho ele, o vento, ia embaraçando meus cabelos, se entrelaçando em meus pelos, envolvendo meu corpo.
A janela aberta denunciava meu equívoco. Não havia vento. A cortina não balançava. As árvores estavam imóveis.
O sol ... o sol era sufocante. Então era o sol. Cobrindo meu corpo de suor, a roupa umedecida, meio levantada, grudando no meu corpo, insensível ao calor que oprimia e sufocava.
Rolo no tapete. Torno os olhos à janela. Não há sol. É noite. Penso que enlouqueci. Não há vento, não há sol, mas meu corpo está suado, os pelos eriçados...
Vou mudar de assunto. Melhor ouvir um disco, assitir um filme. Talvez telefonar para alguém. Quem sabe dormir.
A maciez do tapete parece impedir qualquer movimento. A solidez do ilusório vento e a umidade da roupa ignoram, completamente, as ordens para: levantar e colocar um disco ... ligar a televisão ... apertar os botões do telefone ...
Melhor ficar aqui e descobrir o que, para mim, a princípio, era o vento. Ou talve, relaxar para espantar o que, para mim, a princípio, era o vento.
Técnica de relaxamento. Pensar nos pés aos ponto de ignorá-los. Os pés ... cinco dedos ... mexo o dedão e de pois, um a um, os outros dedos que, teimosamente, resistem a serem separados do resto do corpo. O vento atravessa e acompanha o contorno das minhas pernas. Deixo os pés onde estão. Melhor acompanhar o vento e parar ... nos joelhos?! Impossível ... eles tremem.
Continuo subindo, ofegante, pelo meu corpo. Dos joelhos vou, direto, ao umbigo, religiosamente bem feito, mas, ao contrário de diminuir, aumenta mais o calor.
É, o relaxamento não dá certo. O calor ... o suor ... a taquicardia ...
Melhor pegar o telefone e falar com alguém.
Pegar o telefone ... para pegar o telefone preciso das mãos ...
As mãos ... esqueci das mãos!
As mãos ... calorasamente acolhidas entre as minhas pernas ... generosamente molhadas ... indescritivelmente mágicas ...
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