queria que os meus últimos
versos para você
falassem de saudade,
de lembraças, de coisas belas,
mas você assassinou tudo
de forma trágica, fria...
queria que os meus últimos
versos para você
fossem patéticos como o primeiro amor,
doces como chocolates,
belos como as rosas sem perfume,
mas você silenciou tudo,
e como me dói esse silêncio
teus olhos para mim:
esse céu feio e triste
,que debruça-se ,na janela do meu quarto
tuas palavras para mim :
o nada ,que se perde,
junto ao barulho da chuva,
e corre...e cai...
e me deixa só.
tua boca para mim...
os lírios fechados
em vagas saudades doentias
teu rosto vai aos poucos
decompondo-se na minha mente,
tudo sendo levado...
borboletas de sol, de asas magoadas,
como as duas flores roxas e mortas
que contemplo do meu pequeno mundo
não sei mais o que em mim ri,
o que em mim chora,
minha alma sombria e penitente
soluça no infinito desta hora...
e quando tento revive-lo
você dá o último tiro...
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minhas últimas palavras para você
foram assim...
negras, ásperas, amargas,
nunca mais...amarei com esse amor...
tu calaste tudo dentro de mim,
sem que eu nunca tivesse dito nada.
tu para mim :
a visão do imcompreenssível ,
alguém que veio ao mundo
para me encontrar,
e nunca me achou.
eu queria que os meus últimos
versos para você,
apenas não fossem os últimos...
mas você atirou,
perdeu-se,
acho que é tarde. |
