Engraçado. Gosto de receber as suas cartas. Não sei se corria disso por conta de uma timidez doentia ou se esse meu lado bruto escondia uma sensibilidade que tenho, mas acabo por não deixar transparecer.
Eu concordo com o que você disse. Era exatamente o que eu estava pensando quando escrevi o texto. Lembrei das troças que fizeram com você porque era muito lida, lembrei da injustiça feita com Napoleão quando foi banido quando o seu tipo de literatura passou a ser considerada falta de respeito para com os colegas do usina (mesmo falta de respeito sendo paga com falta de respeito para com esse colega também... Lei do Talião? Ta na moda, não é?). Lembrei também do Denilson Borges e o quanto eu me sentia oprimido pela vaidade alitera dele, depois até achei comum. Meu problema é a intolerância. Sei bem que ao atirar a primeira pedra, eu acertaria minha fuça, pois não tolera a intolerância... rs. E quando surge um Armando a Barraca, eu paro pra pensar no tempo em que me sentia oprimido, afinal, o que se quer apenas é demonstrar a própria exteriorização aos outros, receber críticas (mesmo elas sendo pedradas ou flores).
Mas você há de concordar, temos sido, nós os usineiros, vaidosos d+. Contaminados pelo vírus de Denilson, andamos lendo os conhecidos, os mais lidos, os amigos e alguns de nós usineiros, tem o hábito de se ler (atitude louvável no tocante as correções [obrigado por me enviar uma... a repetição do "o" ficou horrível], mas as vezes é pura vaidade).
Gosto de me considerar um anão entre os titãs. Nem bom demais para ser invejado, nem ruim demais para ser despresado. Mas é necessário ser a pedra (no meio do caminho ou no sapato da vãs atitudes). Pedra de fogo, bela e ferina. Eu gostaria de ser a rosa, assim como você tem sido.
Abraços
Ayra
Ps. Uma coisa que admiro na sua escrita. Quando é visada, geralmente você responde irônicamente. Deste lado parece que você nem sente (apenas uma vez senti que você ficou sentida). Parece-me que está sempre acima, pacífica e indiferente. Eu acho isso o máximo.
