Dentre as alternativas que lhe apareceram para a pratica do comércio surgiu-lhe a de instalar no centro da cidade uma casa que negociasse aves.
Achava que pavões seriam bem aceitos pela comunidade visto que eram alí inusitados.
Um de seus empregados, já cheio de fazer gracinhas dizia pelos corredores que:
- Esse seu pavão aí tia é maldoso. Tão maldoso que não tem pena de ninguém... Será que ele é fofo porque é preguiçoso ou é preguiçoso porque é fofo?
Gertrudes, vocês podem imaginar, não era muito dada a brincadeiras visto que tivera vida dificílima e não respondia às provocações.
E aquele seu empregado, parecia-lhe que a desdenhava, que tinha digamos,
uma certa ascendência sobre ela. Sua impressão é que a menosprezava, que não a tinha em muito bom valor.
Mas fazer o quê? Não poderia conquistar a todos. Seria insensato se assim o quisesse.
Mas suas articulações com o mundo da magia prosseguiam. Seus inimigos, desafetos e opositores recebiam cargas violentas e demolidoras do pessoal da "reza brava".
Um dia confidenciaram-lhe que para ter mais sorte deveria fazer uma simpatia: ela deveria sambar em Paris. Parecia-lhe ridículo mas tinha que ser assim.
No avião encontrou-se com um sujeito muito mau. Um verdadeiro "bad boy". Mas não lhe deu confiança para não complicar ainda mais o tumultuado meio de campo daquele jogo doidão.
Quando chegou na cidade luz notou que um dos cinemas exibia o filme "O fazedor de Anjos". Mas como estava apressada decidiu que não faria outra coisa além do que mandava a simpatia: tinha que somente dar uma sambadinha e voltar.
E foi isso realmente o que fêz.
(Aquí interrompemos a narrativa por motivos de ordem técnica. O final da história está no próximo capítulo).