Sua carne palpita
Seu coração acelera
Suas mãos se umedecem
Seu corpo quer amar
Mas seu amor não é feito de flores
Seu amor solicita, ordena dores
Então sua face se avermelha, ofendida, ultrajada por minhas mãos impiedosas
Seu corpo agora recende a tesão, seu sexo está pronto para acasalar, para se dar
Sua entrega não é dócil, nem mansa, é guerreira
Sua vulva intumescida, seus seios empinados
Tudo me convida à agressão, à força, à violência
Você, então, chora baixinho, plena e realizada
Não poderia ser diferente, nesse amor ancestral
A mulher com as pernas abertas não convida ao amor
Convida à agressão, que a viola em seu âmago de fêmea
Vou espancá-la mais uma vez, bolinar em seu ego, morder seu sexo misterioso e tentador
E nesse momento saberei que você, enfim, tornou-se brutalmente mulher, está em paz
Uma paz breve, que durará até nosso próximo encontro, fugaz e avassalador
Fazendo aflorar meu prazer sádico e sua volúpia masoquista
Somos amantes de um momento de dor extrema, mas de um prazer refinado e obsessivo
Descanse agora
Durma em paz com seu corpo espancado e seu amor vagabundo satisfeito
Você sabe, e eu também, que amanhã estarei de volta.
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