Saudade (*)
Provavelmente, todos sabem o que é saudade e, com certeza, já a experimentaram diversas vezes, em momentos distintos.
Recordar é bom. Melhor ainda se for lembrança de coisas agradáveis.
No céu, azul, vejo a cor da minha saudade. As estrelas compõem o manto que me serve de inspiração e de protetor.
Inerente ao ser humano, manifesta-se de formas variadas! Traz alegrias, e, Ã s vezes, sofrimento. Enfim, tem dois lados: o do bem e o do mal.
Na velhice, esse sentimento começa a reforçar-se. Também pudera: na mocidade, tudo são flores.
Diria que a vida é uma operação infinita que possui frações ilimitadas; uma delas tem como numerador os pesares e como denominador as saudades. Assim V = p/s.
Bastos Tigre a definiu deste jeito:
"Saudade, ventura ausente,
um bem que longe se vê,
uma dor que o peito sente
sem saber como e por quê."
Pra mim, ela é tudo isso e mais!
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(*) Brasília, DF, 08/10/1965. |
