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Cronicas-->Ditado popular cumprido ao pé da letra -- 28/05/2006 - 08:59 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Existem centenas de ditados populares. Todos têm uma explicação lógica e convincente. Eles sempre possuem um sentido figurado, ou seja, nunca se consegue seguir à risca esses ditados, senão seria o caos. Vamos dar como exemplo dois que me vieram à mente neste instante: "Se teus olhos pecam, arranque-os" e "Em briga de marido e mulher, não se mete a colher". Esses dois exemplos caem bem no que se quer justificar. Já pensaram se, quando alguém pecasse, seus olhos fossem extirpados? Os humanos seriam todos cegos e seria até mais fácil que nascêssemos cegos para não dar trabalho a quem tivesse a incumbência de arrancar nossos preciosos olhos. No segundo exemplo, ficaria muito engraçado se quando alguém estivesse discutindo com a esposa ou o marido, o vizinho aparecesse com uma colher de aço inoxidável para se meter no meio deles.
Acontece que em toda regra há exceção e conheci duas pessoas que cumpriram à risca aquilo que falaram.
O primeiro caso foi o Possidóneo, uma figura sui generis. Vestia sempre a melhor fatiota: sapatos pretos, meias brancas, calças e paletós escuros e não esquecia nunca a gravata. Vivia dizendo, a quem se dispusesse a ouvi-lo, que era dono de fazendas, carros, lojas e tudo o mais que lhe viesse à cabeça. Um certo banco da cidade recebeu um novo gerente e Possidóneo foi se apresentar, dar as boas vindas ao jovem gerente vindo da capital. Possidóneo exagerou mais ainda nas suas propriedades, o que deixou o gerente com os olhos brilhando. Possidóneo disse que gostaria de depositar o seu dinheiro naquele banco. O gerente pergunta se ele vai depositar em espécie ou vai transferir o dinheiro de outro banco. Possidóneo apanha uma maleta até então esquecida ao seu lado e responde:
- Eu trago comigo aqui nesta maleta.
O gerente chama um segurança para que nada aconteça ao novo correntista. Possidóneo abre a maleta e, estupefato, o gerente quase cai para trás. A maleta estava cheia de mato. Possidóneo, vendo o gerente branco a sua frente, explicou:
- "Dinheiro para mim é mato"!
O segundo caso é do seu Oneres. Hoje Oneres é um sexagenário que dá palestras para tentar tirar os jovens do vício das drogas. No passado foi um viciado que experimentou de tudo: maconha, crack, cocaína, LSD e outras coisitas mais. Um dia conversei com ele e me mostrou as marcas no corpo que as aplicações deixaram. Um inchaço me chamou a atenção, era na testa e eu não me aguentei e perguntei como ele tinha conseguido aquilo?
Meu filho, esta foi a maior razão que me fez abandonar as drogas. Um dia, sem espaço no meu corpo para injetar uma droga que havia ganho de um "amigo", me lembrei do ditado: "De graça, até injeção na testa". Quase morri e hoje sou bem calmo como o meu próprio nome diz, de trás para frente, Sereno, vou levando a vida salvando jovens de caírem na sarjeta.
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