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cronicas-->Do telephone ao telefone -- 28/05/2006 - 09:01 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando Graanh Bell inventou o telefone ele não sabia o incómodo que ia trazer à família Padilha. Tudo porque Ênio era um usuário contumaz do telefone. Ele usa o telefone o tempo todo, para tudo e para todos. Certa vez chegou a ficar com o fone no ouvido durante três horas numa madrugada de carnaval. Seu pai, Zito chegou a querer conversar com a prestadora de serviço para saber se não havia algum equívoco. Não foi preciso, Ênio na plenitude de sua jovialidade ficou namorando durante essas três horas. Três dias depois todo o romance havia desmoronado.
Depois passou a fazer uma média de quarenta ligações interurbanas por mês para telefone convencional... Ligações locais são feitas em torno de noventa, sendo que vinte são feitas para aparelhos celulares. Não considerando as ligações locais para telefones convencionais, ele faz entre uma a duas ligações interurbanas por dia.
Ênio quando era jovem ficava tanto tempo ao telefone e o que ele mais falava era: tranquilaize, aquela parada, tá dez e falou, falou.
Ao contrário dele, seu pai que até hoje tem alergia a telefone. Conta-nos que quando era jovem e foi à cidade grande, paquerou uma jovem que lhe passou o número de seu telefone. Como ele nunca havia usado aquele aparelho pensou que a jovem era uma mulher da vida.
Em se falando nesse prático aparelho, se bem usado, têm-se pena de seu pai que dificilmente recebe uma ligação. Ele chegou a comentar certo dia:
- Vou ao orelhão da esquina, telefonarei aqui para casa, vou correr e me atender. Pelo menos alguém liga pra mim. Eu mesmo.
Ênio ao se tornar um homem de verdade, um profissional de respeito, não perdeu a mania do telefone. Chegou a ganhar um celular da empresa na cidade em que estava lotado. Dois meses depois o gerente da Agência que lhe havia dado o celular, tomou de volta porque o gasto era exorbitante.
Quando estava viajando, sempre ligava de manhã cedo para a sua chefia. Um colega seu chegava antes de seu chefe e já o atendia desta forma:
- Bom dia Ênio!
Do outro lado da linha, Ênio boquiaberto respondia:
- Como é que sabes que sou eu?
Certo dia, alguém perguntou a ele:
- Ênio, se tu fosses deixado numa ilha, quem tu irias querer para te fazer companhia? A Sandy, a Ana Paula Arósio ou a Vera Fischer?
Ao que ele respondeu:
- Eu iria querer a companhia de um telefone celular, com carga e créditos infinitos.
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