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Contos-->Reunião familiar -- 22/04/2001 - 15:57 (Luiza de Sá) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem é você? – perguntei alerta
Sou sua dor. – respondeu a mulher vestida de vermelho, no canto da sala.
E o que tens a me dizer? – Você é quem dispertou meu sono, vestiu-me dessa forma e deu-me um rosto. Você agora tem consciência do quanto sou importante para você, não é?
Importante? Como a dor pode ser importante?
Não é um simples sentimento, minha cara. Está carregado de significados e banhado por momentos inesquecíveis que você teve, que deseja ter novamente e não pode; por isso você me acordou, sou tão forte que você mal consegue respirar quando sente minha presença.

E quem és tu? – perguntei a um jovem quieto sentado junto à mesa.
Sou teu amor próprio. – respondeu o rapaz vestido de roxo.
E o que tens a me dizer? – Você é quem me vestiu dessa maneira, minha cara. Agora estou ferido. Antes era forte e vestia todas as cores. Agora que voltei de uma simples batalha, me trajou de forma tão sofrida. Você me feriu.

Você, senhor, quem és? – perguntei a um homem com ar de arrogância.
Sou teu medo. – respondeu ríspido o senhor.
E você, o que tens a me dizer? – Você é quem despertou meu sono, vestiu-me com esta capa cinza, mesmo tendo consciência de minha presença, você tenta me esconder. Se não consegues dar um passo para o desconhecido, é minha sombra quem a segura.

Quem é você, o que fazes aqui? – perguntei assustada.
Sou teu arrependimento – respondeu o jovem robusto trajado em negro sentado na cadeira de balanço próximo à lareira.
E o que tens a declarar? – Você é quem despertou meu sono, me deu vida e me trajou dessa maneira. Certamente o senhor arrogante que lhe conversou sabes muito bem quem sou e o que vim fazer aqui, em sua sala. A tua tristeza, juntamente com tua esperança me nutrem e cobrem meu rosto, sempre.

E a senhora, quem és? – perguntei à senhora que abriu a porta de minha sala.
Sou a morte – respondeu a senhora elegante que adentrava pela sala.
E o que tens a me dizer? – Você é quem coloriu meus sonhos, minha garota. Você pensa em mim como uma aliada, uma saída, mas mal percebes que quando fechas os olhos, carrego um fardo e uma tenebrosa foice....

Eu quero sair daqui!!!!! – gritei com todas as minhas forças.
Apareceu um senhor muito velhinho com uma criança em suas mãos.
Quem é você? – perguntei irritada.
Sou o tempo, minha jovem. Você passa por mim a cada instante e me venera logo quando toma consciência de teus atos. Você me vê como cura, como coadjuvante daquela bela senhora elegante de dupla personalidade.
E esta criança, quem és? O que fazes aqui um ser tão puro em meio a tantos rótulos e displicências? – Esta criança, é teu espírito. Belo como a própria vida, mais puro do que possas imaginar, mais valente do que possas crer e mais livre que todos os outros presentes nesta sala que despertam à teu pedido inconsciente. Teu espírito, por mais jovem que pareça, transcede todos estes seres inertes, e carrega você junto dele, sempre, mostrando a você, que sua força está muito mais além das barreiras que você enfrenta nesta sala.
Existe apenas um lugar em que podes repousar em paz: teu coração. O mais perfeito quarto desta casa. O mais agonchegante e mais seguro, por que nele, ao invés de estar rodeada de pessoas e se sentindo só, você está só e sentindo-se absolutamente confortada.

Bons sonhos, minha garota, e deixe –se levar por esta criança que só lhe quer o bem...

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