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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->Roteiro de Perguntas Sobre Assexualidade Que Mais Me Fazem -- 09/03/2016 - 14:57 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Qual seu nome? Luciana do Rocio Mallon
Caso você seja retratado na reportagem, podemos revelar seu nome?
Sim .
Pode colocar minha foto, também, se quiser.
Quantos anos você tem?
41
Qual sua ocupação profissional?
Sou vendedora na vida real e como hobby gosto de escrever.
Onde você mora?
Curitiba - Paraná
Como você descobriu que era assexual?
Logo, na adolescência percebi que era diferente porque não gostava de ficar com os meninos sem ter compromisso. Mas, só entre 2004 e 2005 através da Internet foi que descobri que era assexual.
Como foi esse processo de aceitação do que você era? Pode me contar um pouco da sua história?
A adolescência, foi a parte mais difícil porque eu sofri bullying porque não queria ficar com os meninos. Minhas colegas me chamavam de sapatão e não desejavam fazer trabalhos em grupo comigo. Até que em 2004, eu estava procurando no Google por grupos de adultos virgens e sem querer fui levada a um grupo de assexuais. Então, lendo as características, descobri que era assexual, também.
Você já teve uma vida sexual ativa?
Nunca.
Você mantém algum relacionamento?
Não.
Caso você mantenha um relacionamento, como é a relação afetiva e sexual com o seu parceiro ou parceira? Ele compreende bem?
Eu só tive 2 namorados e para escapar de sexo dizia que transaria só depois do casamento.
Como é sua vida sexual hoje? Você sabe quantas relações sexuais manteve em 2015? Pode me contar um pouco mais sobre isso?
Nunca transei.
Como sua família e a sociedade encaram essa característica de sua personalidade?
Sofri só na adolescência. Algumas pessoas me olham feio quando descobrem que sou solteirona mesmo sem saber que sou assexual, especificamente. Mas, meus familiares aceitam e acham até melhor que eu não faça sexo porque assim evito pegar doenças venéreas, e, também, corro menos risco de sofrer alguma violência.
Você já sofreu alguma forma de preconceito? Pode me contar um pouco mais sobre isso?
Sim
Meu nome é Luciana do Rocio , tenho 41 anos e nas
horas vagas sou escritora .
Sou uma criatura do sexo feminino , mas sofri na
adolescência por ser tímida naquela
difícil fase da vida .
Em 1988 , eu morava em Brasília . Mas , em 1989 ,
minha família foi transferida para uma cidadezinha do
interior do Paraná , de apenas 5.000 habitantes .
Lá , foi difícil me adaptar , pois as pessoas eram
fechadas e um tanto preconceituosas .
Na época , eu pesava 80 quilos e devido aos meus
problemas hormonais eu era masculinizada .
Por isto , não demorou para que surgissem as piadas
e os deboches .
Eu era chamada de Orca , A Baleia Assassina .
Sem falar de que sempre cantavam aquela musiquinha ,
quando eu passava :
- Maria sapatão , sapatão ...
Como eu estava longe dos padrões de beleza exigidos
pela sociedade , não consegui arranjar paqueras e nem
namorados naquela época , o que aumentava mais a
desconfiança das pessoas sobre a minha sexualidade .
Uma vez , resolveram fazer a famosa brincadeira de
amigo secreto no final do ano .
Até que chegou o esperado dia .
A brincadeira foi muito mal organizada , já que as
colegas começaram a trocar presentes entre si sem
nenhuma presença de um organizador adulto .
Quando chegou a minha hora de receber o presente
fiquei ansiosa .
Recebi uma pacote vermelho com gatinhos desenhados .
Então , todas as meninas começaram a gritar :
- Abre ! abre ! abre !
Eu abri e vi que meu presente era uma cueca preta e
suja .
Então , chorei e fui para o banheiro .
Agora , vejo que aquela cueca preta e suja estava
preta de violência e suja de preconceito .
Nunca mais me esqueci deste dia , porém vejo que
ganhei uma espécie de vitória .
Emagreci , com o tempo fiquei mais feminina , fui para
a capital do Paraná e virei uma pessoa de prestígio
na cidade de Curitiba .
Enquanto , as minhas colegas preconceituosas da
cidadezinha do interior se casaram e ficaram com os
corpos menos atraentes.
Pois , é : a primeira cueca a gente nunca esquece .
Você já sofreu alguma agressão ou algum trauma relacionado a sexo ou alguma decepção amorosa? Se sim, acha que isso pode ter influenciado você a ter menos interesse sexual?
Sim. Eu tive um amor platônico, sem contato físico, dos 12 aos 27 anos. Mas, quando me declarei a pessoa fingiu que nunca me conheceu. Mas, acredito que isto não exerceu influência na minha assexualidade.
Para você, o que é ser assexual?
Ser assexual é não sentir atração sexual, e, principalmente, ter coragem para assumir isto em público.
E, finalmente, se fosse se definir, me dizer quem você é: quem é você?
Eu sou uma pessoa comum que trabalha e estuda. Meu sonho é abrir uma loja e escrever mais um livro. A assexualidade é só uma parte da minha personalidade que, no momento, não me prejudica em nada.
Luciana do Rocio Mallon

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