Usina de Letras
Usina de Letras
132 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Paralamas ao Vivo -- 06/01/2003 - 23:28 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A primeira vez que assisti a um show dos Paralamas foi lá pelos idos de 85 na turnê de o Passo do Lui e quando a banda ainda era um trio. Exatamente por isso esta volta aos palcos paulistas me trouxe boas lembranças já que em boa parte da apresentação eles voltaram ao velho formato. Além disso seria, oficialmente, o primeiro show deles em São Paulo, desconta-se aqui a participação que tiveram no aniversário de uma rádio paulista a poucas semanas. Sempre preferi a banda com esta formação básica, guitarra, baixo e bateria sem as firulas que a inclusão de teclados, metais e percussão sempre causam e era essa a maior lembrança deste show a mais de 17 anos que vinha a minha mente.



Todos sabem os motivos que levara a banda a se afastar dos palcos por um ano e meio, aquele acidente estúpido que Herbert Vianna e sua esposa sofreram em fevereiro de 2001. Muitos achavam que o fim da banda havia sido decretado também, afinal quem viu o vocalista logo depois do acidente dificilmente acreditaria que ele voltaria a compor, tocar e cantar. Como ninguém tem o poder de adivinhar o futuro - tudo bem algumas pessoas dizem que conseguem - os Paralamas do Sucesso não acabaram, Herbert Vianna continua compondo, cantando e tocando sua guitarra e eles voltaram à estrada.



Os shows aqui de São Paulo não seriam os primeiros da nova turnê, que eles iniciaram em João Pessoa o que talvez tenha minimizado os possíveis erros. Erros que aconteceram assim mesmo com Herbert esquecendo alguns acordes e letras. Nada que estragasse a apresentação que começou com muito peso. Calibre, do novo disco, é um rock potente e ao vivo ganha vários decibéis tendo na seqüência vários hits do início da carreira, como Fui Eu, Mensagem de Amor, Meu Erro entre outros. E em trio eles iam segurando muito bem a onda e se mostravam totalmente a vontade com isso. Durante quase todas as músicas um Herbert emocionado agradecia ao público. "É uma maravilha que o disco novo tenha uma recepção tão entusiástica", disse em uma das ocasiões em outra completou dizendo que a platéia tinha o sangue quente, e como tinha, ninguém parou um segundo, batendo palmas, levantando isqueiros nas baladas, cantando todas as músicas, sim TODAS, inclusive as novas, deixando claro que o novo disco esta vendendo muito bem.



As novas canções funcionaram mais por ser dos Paralamas do que por serem excepcionais. Na média, elas ficam abaixo de uma Lanterna dos Afogados por exemplo, mas são canções sinceras e mesmo sendo escritas antes do acidente demonstram uma ligação com o fato gigantesca. Cuide Bem do Seu Amor e Longo Caminho mostram bem isso. A versão para Running on the Spot do Jam não faria a menor falta, tanto no show como no disco. E, voltando ao que comentei lá em cima, este trabalho é uma volta às origens, ao básico, e que causou um certo estranhamento, principalmente pela falta dos metais, que marcaram os últimos trabalhos dos Paralamas.



Na segunda parte, com toda a parafernália que marcou as últimas turnês, eles emendam um hit atrás do outro, Lourinha Bombril, Selvagem, Alagados, Ela Disse Adeus, Trac Trac, Vamo Bate Lata, Uma Brasileira - esta com um erro de Herbert que começou cantando Manguetown do Chico Science, mas que entraria só um pouco pra frente -, todas com a participação maciça de quem foi ao Credicard, não era nem preciso pedir pro pessoal cantar ou seguir com palmas, isso já estava no script. Esta parte do show termina com a bela A Novidade, uma das letras mais inspiradas do pop nacional, mas com a péssima idéia de incluírem os uh uh uhs que Gilberto Gil colocou na sua versão.



Não sei nem porque a banda saiu do palco tão rápida foi a volta para o bis. Enquanto todos pediam Vital e Sua Moto, Herbert se desculpou por atrapalhar, mas iria tocar outra música antes. Só ele e violão, antes de entrar com Aonde Quer Que eu Vá, ele contou uma pequena história de quando ainda estava se recuperando. Um dia estava ouvindo uma música e que tinha achado a letra e a melodia muito boa, mas não se lembrava de quem era. Foi quando um amigo disse que era ele mesmo que estava cantando. Não preciso dizer que muita gente derramou lágrimas nesta hora.



Pra finalizar, já com a banda novamente no palco, eles relembram mais um sucesso, Luis Inácio com Herbert comentando, "Vou relembrar uma canção que fiz há muito tempo e que se tornou hoje uma comoção, um motivo de orgulho", com Caleidoscópio, Vital e Sua Moto e fechando com O Calibre novamente.



Pena que o Credicard Hall estava com metade de sua capacidade tanto que estava fácil circular pela pista sem se preocupar em ter que empurrar alguém para poder andar, talvez o preço, quarenta reais, tenha afastado muita gente ou até mesmo a chuva forte que caiu no sábado a noite em São Paulo. Para estes a única coisa que posso falar é que perderam um bom show, recheado de hits e mais perderam a chance de ver a força que Herbert Vianna tem, já que nem quando estava andando normalmente os Paralamas do Sucesso faziam um show com mais de duas horas.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui