Meu amor se foi...
Tudo saiu da boca desesperada.
E infelizmente os olhos cairam,
como um soldado na guerra.
Não serviam mais, se escondiam.
Ali entre um som especial no ar,
um Mac Donalds à direita,
uma cadeira confortável, romântica,
E, um de volta a esquina, que um dia eu me desviei!
Conheci aquela rua, mais que os gatos,
que o vento que vai e volta,
que os pombos nos fios do poste.
Observei tudo, voei em idéias,
transitei por muito tempo, e por fim,
cheguei na esquina e cruzei.
Como se ali, nunca houvesse morado.
Doeu tanto...
sentir-se assim: tão pequena, tão frágil.
E paralisar-se.
Que estúpida é crer na essência.
Onde a verdade é do tempo,
que tudo leva, tudo consome,
tudo adormece, na morte então.
Morreu em vida.
A minha luz, crida, um dia,
na rua ou naquela esquina.
Fui tudo de criança, tudo de pomba,
nada serpente, esperta, sagaz.
Me entreguei como virgem,
desmoronei, sofri, doeu, não entendi o que passei.
Chorei como em coma,
da morte em vida.
Se foi, a única chance talvez,
de sentir-se inserida, valorizada, brilhante,
ainda que apenas, singela.
Mas, foi.
Um sonho, que não pude concretizar!
Julho numa quinta / julho 16, 2010 |