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Poesias-->C A L E N D Á R I O -- 18/07/2011 - 09:11 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








C A L E N D Á R I O

para Fátima,a sarará





155 dias são

Ou poderiam estar

Sob o crivo da instância



De fevereiro pra cá

Se passaram só dias

Horas sobre nós



Estanques módulos

Somos, peregrinos

Arredios seres



Inauguração do inverno

Gelar de dedos

Em mãos glaciais



No curto eufemismo

De longa sentença

Ensimesmada



Casal inagendado

Bissexta fórmula

De locupletar-se



Num paupérrimo amor

Enquanto estranho

Amor-estanho, gesso



Pausas e sopapos

Chulos versos, motes

Anversibilidade



Jamais insertos

Num incerto clima

Festa de Natal



“E os gostos, moço

Quais que são,

Onde residem?”



Há uma colina alta

Serra, em cujo plano

Residimos nós



Existe um rio sem vau

Longo e constante

Quase inavegável



O leito somos sim

Homem versus mulher

Indecifráveis



Cisco num olho cego

De não ver o gesto

Invisível pois



(Os dois meninos a salvo

Pedro, Lucas, profetas

Belos, infantis)



Rebentos viageiros

Quão sublimes são

Além das gentes



E não são pedras

Filhos sim, são

Gente



Inviável projeto

Desenhamos sobre

Duas existências



Somente Eros, eras

E remotas águas

Turvas todas



Genitália rósea

Onde repouso língua

Salivante



Chamar-te pelo nome

Sarará, olho azulante

Espiando o não-futuro



Insistir-te bela

Que tende a abrir

Portas e janela



Docente varo a noite

E acordo sobre

Tua seca vagina



Nada somos? Se pergunta

For, que não respondas

Se apenas rondas



Segue de vez, incontinenti

Ainda que de menos

Sintas-te presente



E apagando a luz

Do teu quarto estival

Desligas-te de ti



Aqui me postarei ao

Tempo que te instales

Embora nunca fales



Incógnita mulher saracoteias

A pélvis ampla e igual

A tuas teias



Prisioneiro estou ainda

No convés dum veleiro

Que não singra



Grilhões sufocam mais e mais

A me distanciar

Do teu inútil cais





WALTER DA SILVA

Camaragibe, 18.07.2011















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