Os espelhos nos sondam.
Suas formas inertes e serenas
Perscrutam nossos maiores temores.
Espalhados em nossos domínios,
Representam nossos próprios inimigos:
Reflexos esconsos em nosso inconsciente.
E quando, por uma sombra,
- Ou mesmo uma tenra luz do poente -
Fazem do côncavo convexo atraente,
Tornam-se sinceros e fiéis
Amigos do nosso consciente.
©Anderson Christofoletti |