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Artigos-->O 7° DIA DA CRIAÇÃO -- 08/01/2003 - 09:58 (Cristiano Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Toda a história da criação humana segundo os preceitos bíblicos tem um sentido. Há uma tão grande razão em a Bíblia fazer referência à criação e ao descanso de Deus, o senhor supremo da criação, no sétimo dia da sua obra. Poderíamos criar uma tão farta e inteligente história para a origem do homem e o sentido da sua criação, de acordo com a criatividade de cada um, mas as origens estão grafadas com inteligência divinal no livro de Gênesis que, à luz da interpretação, traz respostas e um profundo significado da missão humana de acordo com os preceitos da fé.

É bem verdade que Deus, a cada dia, criara uma maravilha e de acordo com sua sabedoria plasmava toda a sua obra. No primeiro dia, Deus criou o céu e a terra; separou a luz das trevas; fez surgir o dia e a noite. Assim se deu o primeiro dia

Sucederam-se dias e dias da criação do Senhor até a sua mais sublime obra: o Homem. Homem e mulher plasmados no sexto dia da criação divina, dotados de inteligência, feitos à sua imagem e semelhança.

Depois que homem e mulher foram criados como a mais perfeita obra, Deus descansou, pois já houvera atribuído àquele que fora feito à sua imagem e dotado de inteligência a sua missão: Continuar a criação. É dever do Homem desde então continuar a obra do Senhor. Esse é o sentido da criação divina. Tudo foi anterior ao Homem para que Deus lhe atribuísse a nobre missão de continuar a sua criação. Assim sucederam-se os dias até seu surgimento na terra e o posterior descanso de Deus no sétimo dia.

Não falta razão a quem crer que somos feitos para louvar e adorar a Deus, mas com a mais absoluta certeza e fé, temos de observar que Deus não se compraz com a vaidade. Deus não é vaidoso, mas criador. Não criou escravos adoradores, mas na sua mais infinita sabedoria deu a homem o poder da inteligência criadora e o livre arbítrio, a capacidade de escolher e construir o seu destino, ainda que esse prefira seguir sem acreditar naquele que o criou. O Arbítrio dado por Deus ao homem é o fundamento da criação. Deus não intervém na vida humana e nem nas suas realizações sem que o homem rogue o seu auxílio. O homem é livre em suas escolhas. Não há sequer obrigação do homem crer em Deus. Mas persiste o dever de continuar o que foi iniciado. Ainda que seja livre, o homem é a imagem de Deus, e por isso não se pode afastar do preceito da criação e continuidade da obra divina.

Mas se o homem também realizar o que é mau, perpetrar a destruição e muitas vezes derrogar a obra de outros homens, será que ainda assim estará continuando a criação divina? É claro que não. A criação deve unir-se à vontade de Deus, que é revelada pelos preceitos da inteligência e sabedoria que foram confiados a cada um. Não é assim tão exato como uma fórmula matemática, mas um misto da evolução do Homem e da sua experiência de fé e vida. Só se pode entender o que é bom ou mau de acordo com a razão humana, sempre tendo em vista o preceito de fé e toda a experiência acumulada em várias gerações. São também tão importantes os ensinamentos deixados por Jesus e outros tantos homens que buscaram a glória do Senhor.

Se realmente é assim, então a nossa inteligência e nossa vida não nos pertencem, senão na medida em que vivemos para a obra de Deus. Se não continuamos a obra não vivemos, mas apenas existimos, o que faz com que a vida se torne sem sentido. Talvez seja por isso que o homem passe a desvirtuar a inteligência para construir justificativas para a sua vida longe da criação divina. O Homem passa a criar valores que em nada guardam relação com a verdadeira essência da criação. Cria-se um paralelo que dita a consciência humana e dá um novo sentido para toda a criação. O Homem se vê como fruto de uma criação sem criador. Pior que isso, vai buscar na ciência, verdadeiro instrumento da sabedoria divina, a justificação para a inteligência desvirtuada.

Quando o homem participa da criação de Deus ele se faz um com o criador e tudo corrobora suas obras e confirma sua sabedoria, assim, só há razão para buscar novas justificativas para os acontecimentos quando estamos afastados da obra de Deus, absortos em nossa individualidade. Somos muitos Homens, mas a missão é uma apenas. Para atingirmos os fins de nossa existência temos de viver na união espiritual e buscar a glorificação divina através da continuidade de sua magnífica obra e criação. Se nos afastamos de tão nobre missão, se rejeitamos o legado de Deus, passamos a ser solitário; não encontramos o amparo de outros tantos espíritos divinos se não estamos imbuídos da missão que Deus nos confiou.

Dizer que Deus descansou no sétimo dia é uma referência a que a partir de então é responsabilidade do homem pulular de boas obras o mundo em que vive. Deus continua ativo e criador, mas sem realizar diretamente a maravilha da criação, mas criando maravilhas através do Homem.

O sétimo dia da criação é o hoje e será o amanhã, pois Deus ainda descansa. Estamos vivendo esse dia com a mesma missão de auxiliar a Deus em sua realização. Muito mais que criaturas, somos o instrumento da criação divina na terra, e por isso nascemos e recebemos a inteligência. A cada um de nós é dada uma missão, uma parte da criação divina que nos cabe descobrir no decurso de nossa vida.



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