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cronicas-->Por aqui as coisas são assim -- 08/07/2006 - 23:23 (Bruna Reis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A avenida principal, a estátua, a prefeitura e a praça da prefeitura, a igreja e a praça da igreja com o coreto, o fórum (ao menos o antigo), a polícia, o teatro e um pouco mais à frente o cinema e a estação de trem.
Ao chegar aqui é essa a ordem que se vê as coisas, tudo na típica ordem da cidadezinha do interior que cresceu as voltas da igreja matriz.
Essa descrição é daqui, mas poderia ser de lá, ou acolá, ou ainda mais longe, mas é daqui.
Aqui as pessoas se cumprimentam na rua com um simples:
- Taaarde!
E são retribuídos:
-Taaarde!
Aqui tem ponto de carroça! Mas também tem ponto de táxi; só que táxi aqui tem preço fixo.
O ónibus por aqui só circula e se chama circular, mas nada substitui a bicicleta que é o melhor e mais utilizado meio de locomoção. Depois vem a moto-taxi, que custa só dois reais e te leva onda você quiser.
Os vizinhos por aqui se conhecem, se chamam pelo nome e emprestam a xícara de farinha que faltou pro bolo que está na batedeira, aqui os homens ainda são humanos e parceiros.
Todo bairro por aqui tem praça e tem igreja (ou igrejas), e tem escola, e tem posto de saúde e tem creche. Aqui tem tudo isso não pelos bons governantes que por aqui passaram, mas porque aqui é pequeno mesmo.
Quando você conhece alguém por aqui, descobre que conhece um amigo, da prima, da tia, da mãe, da avó, da pessoa. E descobre também, que aquele seu velho amigo, lá nom fim da árvore genealógica é seu primo, ou primo do seu primo, ou sobrinho da sua tia, ou, ou, ou, ou...
Aqui é no estado de São Paulo, mas poderia ser na Paraíba. Aqui aos poucos está se perdendo a essência de cidade pequena, porque por aqui toda cidade quer ser grande, mas ainda existe uma magia por aqui que ninguém vai levar embora.
Pode ser o santo que protege a cidade, ou a sonoridade dos seus três "S", mas por mais que aqui cresça, sempre haverá um espaço para os velhinhos da praça, as fofoqueiras na janela, a carroça na avenida principal, o cavalo pastando na outra praça; sempre haverá um espaço para o homem ser mais homem que máquina, para ele descansar no feriado, para visitar a tia e cumprimentar o desconhecido na rua.
Aqui é Assis, mas poderia ser lá, ou acolá, ou ainda mais longe... No estado do Pará.
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