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cronicas-->Mailtoemailtoemailtoemailto -- 01/12/2000 - 21:51 (Santuza Abras) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Mailtoemailmaitoemailmailtoemailmailtoemail

Ei, colega, você já entende essa língua??????

Santuza Abras em 02/10/00

Outro dia, numa reunião do FORUMDIR (Fórum de Diretores) com colegas de vários estados da Região Sudeste, ouvi a seguinte piada:
_Vocês sabem quem é o homem mais famoso da Internet?
Quando todos nós já nos preparávamos para dizer: Bill Gates, o colega respondeu:
_É o turco EMAIL (lido conforme se escreve), vulgo e-mail.
Piadas à parte, sempre fico implicada também com um tal de Mailto que vem acompanhando as mensagens eletrónicas. Passo os olhos pelo nome e depois me distraio mas sempre pensando: o que será ou quem será o tal de Mailto?
Hoje, pondo reparo na palavra descobri: mailto significa mail to fulano.
Essa história fez-me lembrar de uma outra.
A estudante entrava no especial e lia distraidamente todo dia preçounico; preçounico...
Assim, sucessivamente, durante anos!
Até que um dia entrou num ónibus de carreira e leu direito: preço único.
Fico pensando que se eu chegar num local e disser:
_"Preciso de montar uma msg com fundo de stationery e midi para o dia do professor e depois entrar no chat, usando meu nickname, para tc com meus amigos". Algumas pessoas irão entender que quero dizer:
_ Preciso de montar uma mensagem com fundo de papel de carta e fundo musical orquestrado para o dia do professor e entrar na sala de bate papo usando meu apelido para teclar com meus amigos.
Muitas pessoas precisarão literalmente de "tradução" para compreender o que eu quis dizer.
É isso aí, gente!
Vivemos hoje uma realidade muito interessante, rica e conflitante. Precisamos aprender uma nova linguagem, sem a qual, daqui a pouco, não conseguiremos nos comunicar em vários locais e em várias situações.
Mas como fazer isso se muitos de nós nem se aproximamos do computador, temos medo das máquinas e achamos que se demos conta do nosso recado até hoje "nunca vamos precisar delas"?
O uso dos computadores e o acesso à informática não são um luxo, mas necessidades que se aproximaram da humanidade com uma velocidade vertiginosa e estão aí para ficar, sempre avançando e evoluindo.Quando são usados como ferramenta para que a pessoa possa criar e aprender com prazer tornam-se meios indispensáveis para o progresso da humanidade. De outra forma são apenas métodos obsoletos com nova roupagem. Se os usamos como máquinas de ensinar com um professor à frente e os alunos organizados em fileiras de máquinas, estaremos apenas substituindo o caderno e o livro pelo computador e a nossa prática continuará tradicional, apesar da parafernália eletrónica.
Inútil pensar que o computador veio para substituir o professor, o livro, o pai, a mãe...O computador por si só é, com licença da palavra "uma máquina burra" que só funciona programada pelo homem. Então para que temê-lo?
No entanto, ainda vemos programas de educação para a informática fracassarem no país, apesar dos altos investimentos em equipamentos de última geração porque "preparam a festa com todos os requintes mas esquecem-se do principal: chamar os convidados para darem vida a esta festa".
E quem são os convidados? Professores e alunos das Redes Pública e Particular de ensino. Sem a devida sedução e capacitação dos professores nessa área, nada feito: é como ter um carro importado último tipo e se esquecer de pór gasolina...não anda de jeito nenhum. Para os alunos, nem precisa o convite. Eles estão ávidos para comparecer à "festa".
E aí descortina-se o panorama,não de todas, mas de muitas escolas agraciadas com a montagem de laboratórios pelo governo. Locais abandonados, equipamentos cobertos com capas de plástico tornando-se obsoletos, alunos curiosos e professores temerosos de chegarem perto dos terminais de computador.
Sejamos justos que existem ótimas experiências na área, mas em número muito inferior ao desejado.
Convenhamos que toda essa mudança leva-nos a um outro tipo de alfabetização (ou de analfabetismo...): a alfabetização computacional se é que assim pode ser chamada. Alfabetização na qual nossos alunos já são mestres, doutores e até PhD´s...Por que não pedir-lhes ajuda com umas "aulinhas particulares"? Inverteram-se ou misturaram-se os papéis, na era da informação.
Já dizia Guimarães Rosa: Mestre é aquele que de repente aprende.
Vamos pensar nisso e mandar um mail to EMAIL????
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