Tempo para viver
e em você despertar
de um sonho ruim...
É o que necessito,
enquanto observo os mortos
que caminham pelas calçadas.
Enquanto concordo, pacientemente,
com absurdos em minhas retinas.
Tempo para sorrir
e em você reviver
de uma morte lenta...
É o que preciso agora,
enquanto ouço hipocrisias
voando no ar em silabas mortas.
Enquanto recordo, pacientemente,
um tempo do qual ainda sou fruto.
Tempo para amar
e em você compreender
o que já não há...
É o que anseio,
enquanto digo banalidades
em seus ouvidos de mel.
Enquanto aguardo, pacientemente,
o sorriso que alargará os vincos de minha face...
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