daa520">Parabólica
Sobre os cascos de lembranças feitos em pedras
Corri mundo, conectei-me em ti, pelas parabólicas
E das telas dos teus olhos saltei de pára-quedas...
Valha-me Deus! Eu não sou de academias poéticas
Mas, escrevo sempre com o nada, o nada rebuscado
Em que as minhas palavras vão além das simétricas
Sob o sol terroso de chuva rude num céu adejado...
Mas, não sei, sei? É, o que eu sonho não me sonha,
A estação é azul no sonho, onde, a seiva eu sorvo
No fanal amorfo da noite que o teu tempo enfronha,
Só me restando desérticos versos de olhar estorvo.
Mas sei, as cinzas são destroços, sobras do incêndio
Cegando o horizonte nos resíduos dos sonhos férvidos
Que trafegam pelos debruns dos dias no compêndio...
O que se cruzou: brotou, vibrou, tombou, morreu
Banhado em mil e um desejos nas manhãs fecundas
Do amor petrificado no coração que se escafedeu...
Nhca
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