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Contos-->FAZENDA DO SOSSEGO -- 14/12/2009 - 11:17 (Ilário Iéteka) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FAZENDA DO SOSSEGO

Em 1948, nossa família se mudou de uma olaria para uma fazenda. Era um sonho antigo de meu pai, onde poderíamos crescer com saúde, sem perigos e com espaço para brincarmos a vontade.

Nós teríamos uma alimentação variada sem venenos, como por exemplo, leite, carnes, frutas e verduras. Eram as opções que aquele lugar nos oferecia. Mamãe estava entusiasmada com a nossa alegria. Nós não víamos a hora de chegarmos no lugar. Seguíamos em um caminhão antigo da marca Chevrolet, por uma estrada empoeirada, cheia de buracos, aonde o caminhão pulava mais que um cavalo xucro. Papai estava sorridente, falava sem cessar, contava-nos que iríamos adorar os animais. Nossa curiosidade pela novidade era muito grande.

Minha irmã estava com dez anos, a minha idade era oito anos, meu irmão do meio com sete anos e o caçula com seis anos. Nós parecíamos um bando de papagaios de tanta algazarra. Ao aproximar-nos da fazenda, todos ficaram eufóricos pela grandeza do lugar e o motorista fez uma parada somente para admirar as paisagens lá do alto. A casa dos patrões parecia um palácio imperial, o beiral toda de lambrequíns. As portas e janelas com lindos detalhes na cor rosada. O jardim parecia uma tolha bordada com flores belíssimas. Nós estávamos pasmos com aquela maravilha, quando mamãe cortou o silêncio:

_ Eu estou sonhando ou é realidade o que estou vendo?

Nós sentimos a vontade de sair correndo na direção da nova cena, para curtir o belo jardim mas fomos impedidos pelos nossos pais que diziam:

_ Crianças, fiquem calmas!!! Já estamos chegando. Estão vendo aquela casa branca? É lá que iremos morar.

A casa estava a menos de quinhentos metros, papai abriu a porteira e o caminhão começou a descer por uma alameda de eucaliptos. Árvores em linha reta, pareciam soldados perfilados, tal qual era perfeição. Nossa casa era simples, com uma pequena varanda. Janelas e portas simples, edificada sobre pilares, acima do chão uns oitenta centímetros. Um lugar perfeito para brincarmos em dias de chuva. Ao redor, cercas de ripas, um pequeno quintal, um galinheiro. Menos de quarenta metros, um poço de água potável de boa qualidade. Mamãe cantarolava alegremente dizendo:

_ Isto aqui em noventa dias estará uma beleza, vocês vão ver só!

Papai e o motorista descarregavam nossas tralhas. Logo que terminaram, o homem ligou o motor do caminhão e sumiu nas estradas empoeiradas. Meus pais espalharam as poucas coisas que tínhamos pela casa. Mamãe foi passar um café para nós pois estávamos com fome devido a longa viagem que fizemos. Nós ouvimos um bando de periquitos fazendo a maior zorra, próximo ao poço em cima de uma bela árvore. Ficamos extasiados com a alegria deles, pareciam que estavam ali para nos receber. Um som de festa pela nossa chegada. Foi um fim de tarde extraordinário.

Escureceu, a noite foi longa. Todos pularam cedo da cama para conhecer a fazenda porque era a nossa maior curiosidade. Papai se levantou, tomou um cafezinho, saiu as pressas para o seu primeiro dia de trabalho. Era um sonho pessoal dele sendo realizado, seu desejo era este, trabalhar na terra, lidar com animais. Seu orgulho estava expresso no rosto. Papai estava sorrindo sem ouvir piadas. Meia hora depois de nosso café matinal, lá estávamos nós, meio assustados, envergonhados, tentando conhecer toda fazenda num mesmo dia de sol. Eu e meus irmãos íamos de um lado para outro, correndo sem parar. Não tínhamos fome. Tínhamos a sensação que na fazenda havia de tudo.

Nós ficamos admirando os carneiros, nunca tínhamos enxergado tantos em um único grupo, porcos de raças, galinhas de várias cores e tamanhos, um bando de gansos, barulhentos e brabos. Estes não gostaram de nossa presença, botaram-nos para correr, foi uma gritaria sem fim e não desistimos de desbravar aquela terra. Fomos atrás dos patos, em relação aos gansos, eram amigáveis. Em um pequeno lago, havia dezenas de marrecos, um mais lindo que o outro, com penas coloridas, nadavam sem cessar. Nós passamos horas nos distraindo, sem perceber que o dia estava por acabar. Galinhas de Angola vinham em bandos fazendo uma zoeira infernal. Ainda tínhamos muitas coisas para ver, fomos correndo até as estrebarias, onde estavam os mais belos cavalos, uns pareciam mansos e outros nem tanto, ficamos a observá-los de longe. Eles estavam assustados com a nossa presença, empinavam e relinchavam sem parar, pelo comportamento pareciam querer brigar, as escaramuças que faziam eram perigosas.

Neste corre-corre esquecemos até do almoço. O dia passou num estalo de dedos, tínhamos que aproveitar ao máximo neste final do dia. Só tínhamos tempo para olharmos as vacas leiteiras e seus bezerros, com medo dos animais, ficamos olhando por cimas das cercas. Papai nos chamou para irmos embora, estávamos cansados, foi um dia maravilhoso, perfeito, nunca tínhamos nos divertidos tanto em tão pouco tempo. Ainda havia muitas coisas para conhecermos no dia seguinte.

O sol ainda não tinha despontado e lá estávamos nós à frente dos galpões, um sobe e desce naquelas escadas, não percebíamos os perigos que poderiam nos acontecer. Subir em carroças, em tratores, esparramar ferramentas, foi uma festa cheia de algazarra. Corremos pelos pomares, subimos nas árvores atrás de frutas maduras, fomos nos chiqueiros mexer com os porcos, andamos pelas lavouras pisando em cima das plantas, passamos pelo quintal, comemos vários morangos, deixamos o canteiro pisoteado. Cansados de bagunça, eu e meus irmãos queríamos conhecer a casa dos empregados da fazenda, fazer amizades com seus filhos. Mais um dia de muita curtição.

A verdade era que estávamos apaixonados pela fazenda, por tudo que nela existia. Chupins aos bandos fazendo suas revoadas de uma araucária a outra. Os canários da terra, em dezenas, pousavam em vários lugares, cantavam sem parar. Estavam nas laranjeiras, nas mimosas dezenas de saíras, com belíssimas cores, comendo os frutos num espetáculo da natureza. Ao cair da tarde, as aves formavam suas orquestras, cantando suas melodias. O desafio era interminável, cada ave queria cantar melhor que sua concorrente. Tinha também o sabiá laranjeira, com seu cantar, nos marcava a alma e as nossas lágrimas rolaram pelo rosto.

Ali, naquela fazenda, o paraíso das aves, havia pomares com grandes variedades de frutas. Os animais silvestres não eram maltratados, tinham sombras e água fresca, não havia o risco de serem envenenadas, talvez por inseticidas. Naquela fazenda se usava apenas adubo orgânico.

O lugar era saudável onde tudo prosperava. Os galpões abarrotados de feno, milho, rações. Os animais eram bem alimentados. Era plausível que para as crianças não havia lugar melhor no mundo. Os chiqueiros com porcos enormes, a higiene impecável, chão brilhando, água limpa, alimentos sobrando. Os animais ainda ganhavam um cafuné, eram mansinhos, gostávamos de acariciá-los só para ver ficarem arrepiados, era divertido ver a cena. Logo abaixo deste lugar, notamos um pavilhão, cheio de caixas. Não sabíamos do que se tratava e fomos até o local para verificar de perto o que havia ali. Esta curiosidade corriqueira nos deu uma boa lição naquele dia. Ao aproximar-nos das caixas, fomos picados por algumas abelhas, foi uma correria dos infernos, tapas para todos os lados e os vergões aparecendo em nossa pele. O susto foi passando e nós resolvemos brincar nos mangueirões, aonde havia grandes portões com dobradiças reforçadas. Naquele lugar passávamos horas a fio num vai e vem até cansarmos. Todos os mangueirões eram feitos de madeira beneficiada, de grande resistência, como a imbuia ou cedro. Tudo pintado de branco.

Os pomares tinham mais de duzentas e cinqüenta árvores frutíferas. Eu e meus irmãos vivíamos iguais aos pássaros, de árvore em árvore atrás de frutas maduras. Os cães não nos davam sossego, queriam correr e brincar, aja paciência com os bichinhos. Neste lugar deslumbrante aprendemos a montar, laçar, nadar, trabalhar. Nós fomos alfabetizados numa escola próxima a fazenda.

A vida era repleta de alegrias, parecia que nunca teria fim. Em cinco anos de convivência ao lugar, marcavam nossas proezas. Lembranças dos tombos, as gargalhadas, safadezas, a primeira surra que levamos por estragarmos uma plantação de batatas. Este lugar nos hipnotizava. O ato de deixar a fazenda para nós seria uma catástrofe.

O sol neste lugar apesar de radiar muito mais, parecia menos quente do que em outros lugares. O vento soprava com mais leveza sobre as árvores, trazendo aquela melodia do chacoalhar das folhas dos eucaliptos que cresciam como arranha-céus. A noite sempre chegava calmamente com a lua e as estrelas num espetáculo sem precedentes, seus brilhos cintilantes, parecendo vaga-lumes ao longe. Na varanda, papai e mamãe ficavam a saborear um chimarrão e nós brincávamos de pega-pega no terreiro. A alegria era inesgotável e contagiante. Nos dias chuvosos nós ficávamos nas janelas, olhando as gotas caírem do telhado. As árvores bailavam e pareciam cantar com a chuva.

Como íamos esquecer desta fazenda a partir do dia que fossemos embora? Este lugar era esplendoroso para nós! Inconscientemente sabíamos que o fim estava se aproximando. Depois de cinco anos de labuta, papai deixou a fazenda, foi trabalhar em uma indústria. E assim deixamos o lugar que mais amávamos. Foi uma tristeza a despedida com os amigos, deixar os animais que gostávamos tanto. Foi a necessidade de uma família grande que papai tomou a decisão de deixar a fazenda, devido há um novo emprego no setor industrial, as oportunidades seriam muitas. Percebemos que nossos costumes mudariam de direção, agora não tínhamos a liberdade como antes. Eu comecei a trabalhar na fábrica, a moleza acabou para mim mas em meu coração ficou cravada a imagem da fazenda. Até hoje garanto que não esqueci aquele belo lugar.

Passaram-se cinqüenta e dois anos e sonho todos os meses com as belezas da fazenda e com os animais. Acordo no meio da noite sentindo o cheiro da terra, das flores, o cantar dos passarinhos ainda soa em meus ouvidos. Com o passar dos anos, descobri que a marca de um amor antigo é a saudade daquilo que se foi e não vemos mais, então essa mesma saudade que sentia ao acordar, fez-me retornar aos seus campos e querer rever a fazenda do sossego.

Viajar sozinho até a fazenda, não era grande vantagem para matar meu desejo da nostalgia que eu sentia. Convidei meus dois irmãos mais novos para lembrarmos juntos da nossa infância. Lembrar de um tempo que ficou no passado porém vivos em nossa memória. Não imaginávamos encontrar o lugar completamente desfigurado, tínhamos a esperança de encontrá-la como fosse nossa chegada com aquele velho caminhão no passado. Em uma segunda parada, a visão nos assustou. Já não havia a mesma potência de antigamente. A placa na entrada ainda está no lugar, embora enferrujada, permanece em pé. A alameda de eucaliptos não está parecida com a visão que tínhamos em mente. O chão está cheio de folhas e gravetos. Algumas de suas árvores foram cortadas. A casa branca que foi a nossa morada, hoje, está surrada pela chuva, perdeu a cor, deu-me a impressão que não foi pintada desde a nossa saída. A sua madeira que é de boa qualidade permanece resistindo ao tempo, em cima dos velhos pilares. O poço está lacrado, fechado com pedaços de tabuas e por cima delas, uma tora gigante de um eucalipto de nossa época, porém soubemos que a água permanece limpa e saudável.

Os periquitos voavam em bandos no passado, hoje encontramos apenas um casal, que gritavam na copa de uma árvore restante de tantas, tentando nos dizer:
_ Ei!! Sobramos apenas nós dois de tantos que já existiram...

O casarão que no passado parecia um castelo, encontra-se em ruínas, não há moradores. Aquele brilho de fazenda encantada não resplandece mais. Seu jardim está abandonado, apenas um pé de camélia muito antigo e um xaxim de muita resistência. Elas são as únicas plantas que permanecem embelezando o lugar. O terreiro parecia uma lousa, hoje a grama e o mato tomaram conta dos lugares, estão por todos os mangueirões e quintais. O pomar aonde existia mais de duzentas e cinqüenta árvores, sobraram apenas dez por cento, estão condenadas a secar em breve. No lugar daqueles arvoredos há um campo de futebol. As lavouras viraram potreiras de animais. Os cavalos pomposos e belos, não havia a sombra se quer no pátio, estavam dois pangarés, um era baio, outro cor de bugio quando foge. Os carneiros, nem o curral existe mais. Os porcos, gansos, galinhas, patos, marrecos, galinhas de Angola, parecem que todos foram dizimados. Em vez das centenas de animais que haviam no lugar, notei um galo branco assustado e solitário na sombra de um eucalipto e mais dois porquinhos fechados em pequeno cubículo, para engorda, sendo estes de propriedade de um dos empregados.

Nós ficamos entristecidos com a realidade da fazenda Sossego. Meu coração foi invadido por uma imensa tristeza. Meus irmãos não acreditavam no que viam e questionávamos:
_ Aonde foi parar a fartura? E a beleza deste lugar?

Os seus galpões foram destruídos, pouca coisa está em pé. A desilusão bateu em meu peito com toda força, jamais pensei que isto aconteceria. As cocheiras, aonde papai tirava leite, ainda resistem mas não será por muito tempo. A podridão toma conta do lugar, os alicerces estão cedendo, o perigo é visível. Da apicultura, sobrou o piso, onde havia dezenas de caixas de abelhas e muito mel. Os chupins que voavam aos bandos, sumiram como se fosse um encanto. Os canarinhos terra ainda cantam nas árvores, com diferença do passado, eram centenas e hoje dava para contar nos dedos, não passava de vinte aves. Ao longe, em baixo, o seu belo cantar ainda soa no lugar.

As saíras, aves lindas e coloridas desapareceram. A alimentação era as laranjas e mimosas, não as encontrei, secaram ou homens que ali ficaram, mandaram cortá-las? Não existe um pé destas árvores no lugar. Os campos são lavouras de soja e trigo. Árvores centenárias foram cortadas, de prova da existência ficaram os cepos. A velha caixa d´água está desativada, em seu interior mora uma família de abelhas. O velho pé de jabuticabeira permanece intacto, porém cheia de barba de bode, sinal do tempo e do descuido, lembro-me que era o lugar predileto das sábias, por sinal não as vi em parte alguma da fazenda.

Entramos no túnel do tempo, eu e meus irmãos parecíamos crianças, correndo de um lado para outro sem parar, procurávamos os vestígios de coisas que estavam em nossas mentes. O dia parecia cooperar com uma bela manhã, sem nuvens, um céu de brigadeiro. Os raios de sol eram as únicas coisas que resplandeceram naquele momento. A natureza estava nos prestigiando com suas grandezas para passarmos um dia inesquecível.

Nós brincamos como garotos travessos, apesar de sermos da terceira idade, mas garotões no espírito. Ao nos aproximar da velha casa onde morávamos, nós encontramos um de nossos brinquedos prediletos da época, eucaliptos de casca grossa, uma árvore que solta uma raiz estilo cipó de sua copa em direção ao chão. Quando éramos crianças, fazíamos um balanço voador. Então tivemos o prazer e a oportunidade de novamente realizarmos a famosa brincadeira. O resultado foi um fracasso mas muitas gargalhadas, porque não conseguimos fazer um vôo como nos tempos de crianças.

Os minutos pareciam transformar sobrenaturalmente nossos corpos adultos em crianças com energia sem limites. Não notamos que o tempo tinha passado velozmente. Em alguns instantes, lembrava-me da realidade, que naquela fazenda agora me acompanhava minha filha Juliana. Ao olhar seus olhos, perfeita admiração, seu coração não se continha de tanta alegria, simplesmente pelo fato de ver seu pai e tios, talvez piores que malucos, discutiam, gargalhavam, articulavam, teimavam sobre tudo sem chegarem num acordo amigável. Nas discussões entre irmãos, um achava que a memória do outro esquecera de certos detalhes. O capataz, um jovem de mais ou menos trinta anos, de nome Carlos, morava na fazenda há mais de onze anos. Ele tentou nos ajudar mas sem sucesso, porque conhecíamos os principais pontos do lugar há muito mais tempo.

Neste retrocesso foram quatro horas de muitas atividades e chegamos juntos em um certo epílogo. O tempo é limitado para todas as coisas humanas. O remédio para cura, vida e morte. Pela nossa compreensão aparentemente nada é eterno, o homem, animais, árvores, rios, nada... nada...fica para sempre. A própria natureza se transforma. O dia no forçou a concluir que a fazenda está morrendo sem o cuidado necessário. Vivemos um belo momento, no lugar onde a nossa infância desabrochou e floresceu. Hoje restam poucas coisas do passado naquele lugar, entristecendo-nos. Nossos olhos se encheram de lágrimas ao deixarmos o lugar e não haver a certeza de uma próxima vez triunfal para a fazenda Sossego. Mais uma etapa em minha vida foi cumprida. A fazenda que foi o paraíso de uma vida, ainda permanecerá por longos anos, mas não com a vivacidade dos antigos. Há convicção de um passado glorioso onde sinto a presença viva de meus pais, da minha infância amada, da doçura infantil de meus irmãos, as proporções da natureza em seus gestos, ficam na memória para sempre. Não há muralhas que ficariam de pé diante de nós, diante do amor e saudade que sentimos da família, dos lares antigos, dos amigos que deixamos pelo caminho. Eu posso enxergar que a fé me fez ir vê-la como antigamente e restaurar a melancolia que trazia no peito. Realmente ontem, toda aquela terra era cheia de vida, amanhã poderá ser um lugar sombrio e triste, caminhando lentamente para um fim, morrer. Porém a história confirma que existirá uma fazenda chamada Sossego, paraíso das aves, lar de minha infância e não irá se extinguir, pelo menos em minha mente, em minha vida. Aqui ela está cravada em meu espírito e viverá para sempre.
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