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Cronicas-->UMA BORBOLETA DE PAíSES -- 14/07/2006 - 18:10 (PEDRO BRASIL JUNIOR) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Branca, pura e alva nasceu a folha de papel.
Apenas uma entre as tantas devidamente embaladas e prontas para os mais variados fins.
Pura e ansiosa pela vida, a semente se embrenhou na terra e se deixou levar pelo fantástico processo da natureza.
Virou um pontinho verde, depois um ramo e anos mais tarde, uma frondosa árvore.
Hoje, transformada em lápis, recebeu em suas milhares de frações, os filetes coloridos que darão vida aos desenhos de todas as imaginações infantis.
Branca é a folha de papel, verde é a arvore, azul é o céu e sete cores básicas tem um arco-íris.
De que cor seria eu? - Me perguntei intrigado!...
Mas me deixei observar minha filha a rabiscar com as pequeninas mãos aquela folha de papel com seus lápis multicores.
Os rabiscos não tinham formas definidas no entanto, aos poucos, as cores foram todas ganhando seu espaço e em pouco tempo, havia naquela folha um colorido todo especial, fruto da sua imaginação infantil tão alheia aos acontecimentos que abalam o mundo todos os dias.
Perguntei a ela o que havia desenhado.
- Uma borboleta de países! - Me disse ela com um sorriso todo próprio.
- Lindo! Foi o que pude dizer.
Pensei muito naquela borboleta de países e me deixei observar num livro as bandeiras que demarcam os costumes, as fronteiras, as religiões, os ideais de cada povo e, acima de tudo os paradigmas que são os maestros de cada pessoa que habita uma nação, que sonha com tempos melhores, que clamam pela paz, que lutam contra a fome, que cavam a terra em busca de água, que plantam e colhem, que produzem e exportam, que correm e ganham medalhas, que marcam gols e erguem a taça, que aceleram e sobem ao pódio e que apertam gatilhos para dizimar outras vidas sem que possa haver um prêmio, senão a proliferação do ódio.
Uma borboleta de países! - Bom seria se tivéssemos a oportunidade de ver esta borboleta gigantesca bater asas coloridas sobre todos os povos, sobre todas as terras, sobre todos os sonhos, sobre todas as esperanças.
Mas pensando bem, e mais ainda nas transformações do mundo, acredito que ao longo do tempo, ainda se possa ver essa borboleta singrar algumas paragens, alguns jardins floridos.
E ainda que em outras partes apenas voe o pesadelo das mariposas, com toda certeza, os sonhos grandes, de tantos pequeninos como a minha filha, um dia será sim, tão real e tão belo quanto a incomparável beleza de uma borboleta, tão frágil e exótica que simboliza o poder da transformação.
Um dia, essa "borboleta de países" - tenho esperanças - pousará sim, sobre a brancura e pureza da bandeira da paz.
E os filhos e filhas de todo o mundo, estejam onde estiver; poderão também se dar ao luxo de escolher uma folha branca, ter às mãos os lápis coloridos e quem sabe; registrar no papel, através de tantas cores, a magia dos seus sonhos, a magia de um mundo em paz, de um mundo melhor e mais humano.

( Curitiba, 14 de julho de 1006 - 17h20min)

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