Longe, muito ao longe...
Ela respira. Lembro do cheiro. Ar invadindo seu corpo
Como tantas vezes
Respirei.
O nome profanado daquela mulher
Insiste. À noite, à meia-noite, fantasmas
Vestidos de preto, soletram,
Vagarosamente, sete pecados capitais.
Ao longe, muito ao longe...
Ela também chora. Lembro de ter me dito:
Jamais me verás chorar.
Houve outras promessas. Todas vãs. Todas falsas.
Ela chora e não me ama!
E mais uma vez escuto,
Letra a letra, o nome ontem santo da mulher.
Lá, onde ao longe ela chora...
Encontrei um amigo.
Não me abraçou. Não o abracei.
O tempo de ouro foi marcado por
Lágrimas e silêncios.
Uma surpresa, uma promessa: eu te procuro. Me aguarde, eu te procuro!
Tudo em nome da mulher.
Agora, EU, longe de mim,
Navegando além dos planos, além das curvas curiosas deste mar bravio.
Agora,
EU,
Sozinho.
Ouvindo uivos que vêm do norte.
AGORA, eu, POETA
não sei quem sou!
Alguém por favor..............................
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