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Artigos-->Psicografia -- 11/01/2003 - 11:12 (Sandra Regina da Silva Porto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não consigo rever aquilo que me assoma a alma, num momento de destruição e encanto.



Arremedos de poemas caem do nada, como chuvas sem sentido pela minha mão a deslizar no amplo deserto de linhas.



Não sei o que faço, mas tenho que fazê-lo.



Poderia se chamar a isto um outro, que de mansinho – mas não mansamente – chega para me mostrar algo que não sei o que é.



Pode ser um caminho que tenho que percorrer agora.



Pode não ser nada além da minha tola imaginação, que anseia a amplidão dos lugares onde os sábios de mim se escondem.



Pode ser que seja apenas um imenso vagar de minha mente desonesta e faceira, que a um só tempo brinca com meu sorriso e me acusa com sardônicos dentes de pérolas.



Pode ser. Pode não ser.

Tudo é. Tudo não é.



Aqui, sou.







Outubro/2001



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