INQUIETUDES DA ALMA
Viver é como cada noite que cai dos céus
nos braços da natureza.
Cada uma tem os seus encantos.
E tristezas também.
Mas a noite que rasga o céu
nunca está sozinha.
Sempre tem a companhia do dia
que a antecedeu.
No meio da noite há os mistérios
Que rondam a humanidade...
Há os poetas que audaciosamente se autodenominam
psicólogos do coração do homem.
Há também a morte sempre rondando cada ser vivo.
A roda do tempo gira sem parar e sem dó de ninguém
Com isso vêm as convenções
como a idade, o ano novo, o aniversário, o calendário.
E por aí vai...
A vida, a morte, as catástrofes
Enfim, em geral é na noite que se pensa mais sobre esses assuntos
naturais e sobrenaturais
Que sempre perseguiram a humanidade.
A inquietude da alma, as buscas pessoais e as dúvidas
sobre assuntos sombrios,
Ora a religiosidade, ora a ciência explicam.
Ás vezes até falam a mesma linguagem,
mas na maioria das vezes estão em campos opostos.
Assim mais um ano se passou
Outro, diz-se que nasceu
Os nossos pecados não cessaram porque terminou um ano
A velha terra nem tomou conhecimento da tal virada
Os rios continuam chorando, poluídos
As mazelas do dia a dia continuarão a acontecer
Até quando será assim, sempre assim?
Os Poetas do futuro arriscarão o seu palpite.
E a história futura também dará as suas explicações...
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