A última derrota do Corinthians para o Santa Cruz no estádio do Arruda em Recife (30/7) expós a desarmonia corintiana. Os indícios da arritmia são evidentes. Começando sobre quem tem poderes na agremiação até ao mais recente escàndalo policial envolvendo um dos membros da diretoria, vê-se que a descensão é irrefreável.
A deterioração do time assemelha-se à do bêbado que enrolado nos problemas diários procura alívio no bar da esquina, caminhando depois de encharcado com um celular descreditado colado à orelha simulando diálogo e tragando loucamente a fumaça do cigarro barato.
Pobre Corinthians. É preciso muito mais do que barulho e fumaça para vencer as dificuldades. É necessário, antes de tudo, comunhão de propósitos e honestidade nas intenções.
Com maracutaias não se vai muito longe. Apesar dos esforços hercúleos de Carlitos Tevez, o time não conseguiu livrar-se do fantasma que à semelhança da alma penada, insiste em lhe puxar a perna rumo ao andar de baixo.
O drama corintiano é semelhante ao do ser a quem lhe dissessem constantemente: "Sai de cima!" E lá se vai o Corinthians ladeira abaixo.
A galera corintiana não merece isso. As más atitudes, os maus comportamentos, a irresponsabilidade, o desrespeito e tudo o mais de excêntrico existente no time leva-o a estar na posição ocupada.
Não basta muito trabalho, suor e lagrimas para salvar o alvinegro.
Além de contabilizar os equívocos, talvez até milagres sejam necessários. Mas para isso o time deve ser remido das suas culpas, dos seus enganos, desencontros e desarmonia.
A nação corintiana não merece ver e ouvir tanta desafinação e monocórdica musiqueta. Bradem ser o Corinthians campeão! Bradem estar o timão eternamente em nossos corações! Brade! Brade! Brade...