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cronicas-->Conveniências -- 10/08/2006 - 14:02 (Domingos Sávio Fernandes de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONVENIÊNCIAS

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Reconheço que as múltiplas ocupações,além da ausência de um maior interesse, privaram-me da leitura diária das notícias da invasão do Iraque -"guerra do Iraque"- como desejam alguns.Contudo, fiquei boquiaberto ao verificar num relance em um periódico a notícia do recado de um secretário de estado norte-americano destinado à Síria e Irã : "...Pensamos que estas nações e outras devem se dar conta de que não lhes é conveniente desenvolver armas de destruição em massa". O meu raciocínio embota-se e corro aflito para consultar o dicionário na ànsia de ele me tirar a dúvida sobre o que significa a palavra conveniência. Decepciono-me por não estar errado naquilo que julguei poderia estar equivocado. No dicionário está a resposta: conveniência. ( Do latim convenientia ). Qualidade ou caráter de conveniente, proveitoso; interesse; vantagem.

Tento em vão acalmar-me e tenho dificuldades, não consigo aceitar que um país possa dizer o que é ou não conveniente para o outro. A quem não convém finalmente? E a quem convém as armas que os EUA têm, senão a eles próprios?

Mais uma vez "o manda-chuvas" do mundo emana ordens ao seu proveito, seu interesse e para sua vantagem.

Quando jovem, ouvi repetidas vezes a afirmação de minha genitora quando se referia à dificuldade que algumas pessoas tinham para o entendimento de algo :

- Para o bom entendedor, meia palavra basta!

Passei a entender as meias palavras pelo receio do provável comentário materno e diante do conhecimento desse adágio popular, fiquei estarrecido com a clareza do recado passado. Mais ainda indignado com a prepotência do emissor da mensagem.

Estamos diante de uma situação de Estado de não direito. Vamos melhor esclarecer: Estado do Direito traduz-se pelas relações reguladas pelas Leis, sendo estas a expressão e significado do que a sociedade espera e deseja, ou seja, a convivência harmoniosa e pacífica entre os seres, o que não acontece dentro desse princípio significa Estado do não Direito.

Emerge nesse cenário o Sr. Bush para perturbar a harmonia, desestabilizar governos, implantar o terror, destruir avanços e se dizer paladino da democracia. Surge-me um questionamento: será que o Sr. Bush estudou? Quem o passou a procuração para ele agir em nome da humanidade? Parece-me que ele carece imediatamente de um tratamento especializado para alcoólatras. Afinal a imprensa noticia fartamente que o tal senhor é obcecado pela bebida. Não deixa garrafa de uísque cheia. Um desregrado biriteiro.

Como contribuição à paz mundial, estou enviando um e-mail para ele, após manter entendimentos com a AAA implorando que o mesmo compareça à uma das reuniões do grupo em qualquer parte do mundo. Ele verá o quanto a AAA tem trazido felicidade aos inveterados. Lá ele aprenderá a substituir a compulsão do vício por outras causas mais nobres e altruísticas. Poderá até, quem sabe, iniciar-se nos estudos.

Após livrar-se da bebedeira e aprender as primeiras letras, saberá entender o significado das palavras que usa. Aí sim, poderei fazer-me entendido por ele ao lhe falar o que é proveitoso, vantajoso. Sendo possível até que enrubesça diante da gafe cometida.

Ainda quero crer que o recado deve ter sido enviado quando o xerife "estava em água" para não dizer bêbado. Conheço muito bem o que somos capazes de fazer nesses momentos de euforia etílica. Não bebo uísque porque minhas condições financeiras não me permitem, todavia posso assegurar que as nossas cachaças, as nossas batidinhas, as nossas cervejas e a popular "fubuia" também embriagam.

Espero que o poderoso cidadão em um instante de sobriedade, se é que existe, peça desculpas, jogue fora esse uísque medonho, culpe-o pelo deletério efeito e passe a tomar nossas cachaças de alambiques. Em vez desses arroubos de valentia e grandeza, vai ter uma vontade incontida de cantar, dançar e dizer abertamente que todo mundo é seu amigo.

Não é assim que vemos nossos bêbados?
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