DEZ TROVAS
I
Sou um pouco diferente
Do que todos julgam ser,
Pareço sempre contente,
Para o passado esquecer.
II
Fazemos coisas na vida
Só ouvindo o coração,
Não tarda arrependermos
Quando aflora a razão.
III
Quando o tempo vai passando,
E a idade vem chegando,
Ilusões vão-se acabando,
A morte vem galopando.
IV
Primavera – começo da vida,
Verão – tempo de amor e paixão,
Outono - fim de sonhos, ilusões,
Inverno – triste espera da morte.
V
O convívio com pessoas
Por natureza é difícil,
Mesmo quando existe amor
Sempre traz desilusões.
VI
Duas coisas nesta vida
Embora muito antagônicas
Andam sempre de mãos dadas:
São elas o ódio e o amor.
VII
Lembrança triste e suave
É a saudade que tenho
Das serras, flores e vales
Da querida Barbacena.
VIII
Amor, afeição profunda,
Afeto que não tem fim,
Ardente chama da alma,
Intenso sabor da vida.
IX
Se for preciso falar,
Faça-o com parcimônia.
Falar muito leva a gente
A cometer muito engano.
X
Eu você, você e eu,
Temos tanto em comum,
Até parece que somos
Um só e único ser.
|