Quando setembro chegou eu queria estar junto dela.
Fui à sua casa e a convidei para uma noitada num baile à fantasia.
Ao chegarmos o pessoal já estava bastante animado. A bebida rolava solta e a música vibrava no tom certo e volume elevado.
Nos enturmamos junto a galera conhecida, com a qual jogavamos tênis e vôlei e começamos a conversar.
Era preciso bastante atenção para definir quem era quem com todas aquelas fantasias. E depois da terceira ou quarta taça de aperitivo, ficava quase impossível o reconhecimento.
Durante a madrugada ela sentiu-se mal. Acho que foi depois da ingesta de uma batidinha de pêra. Ela empalideceu. Desmaiou. Solicitei a presença dos seguranças do clube e o auxílio de uma ambulância. Chamei pelo responsável pela enfermaria. Pedí para telefonar para algum médico.
Mas todos os meus pedidos foram negados sob os mais variados pretextos. O principal deles era que o diretor chefe ou presidente não se encontrava nas dependências da festa.
Eu e mais alguns colegas a colocamos no carro e fomos até o pronto socorro. Ela chegou morta.
Já fazem 211 dias que não a vejo. Sinto muitas saudades.
É primavera.
Te amo.
Meu amor.