Esbarrei no tempo breve,
Perdido na minha voz torpe,
Minha esperança, que o vento leve
Para além do morro, sem volta.
Ardi de saudade os olhos
E chorei feito criança,
Solucei pra ninguém ouvir,
Calei o tardio grito.
Mordi a mordaça do ego
E rezei na minha agonia,
Deitei na esteira fria,
Parti pro que eu mais temia.
Voltarei num tempo mais brando,
Pra tomar a minha eucaristia,
Olhar o melhor da vida
E sorrir, como eu não sorria.
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