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Artigos-->Os vícios da vida -- 15/01/2003 - 10:40 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma das pessoas mais queridas de onde trabalho está internada. Há suspeitas de ser uma grave doença o motivo de sua internação. Todos os seus colegas estão abatidos, alguns deles muito revoltados com a situação, lamentando a doença inclusive com palavrões. Essa revolta contra a condição de nosso colega revela como a natureza humana não está pronta para enfrentar os revezes da vida. Não estamos prontos para a morte, para a perda, para as separações.

A questão que surgiu quando pensava nessas coisas foi: contra quem ou o quê devemos dirigir nossa indignação pela precariedade da vida, pelo fato de hoje estamos sorrindo com os amigos, fazendo graça com eles, e amanhã estarmos lamentando a perda de um deles?

No caso de nosso amigo, suspeita-se que ele esteja à beira da morte em conseqüência do álcool, cujo efeito no organismo quando ingerido por muito tempo e em altas quantidades é avassalador, podendo gerar uma cirrose hepática ou um câncer, ambos quase sempre descobertos quando não há mais condições de cura. Dizem os que foram visitá-lo no hospital que ele não reconhece mais as pessoas, está agitado, como se dores tremendas o incomodassem. Alguns afirmam se tratar de uma gastrite em estado avançadíssimo; outros dizem que os médicos afirmam ser uma doença muito grave.

Pois bem, nesse caso, de quem é, em última análise, a culpa pela doença de nosso amigo? Dos produtores de álcool, cientes dos perigos que ele oferece à vida e ainda assim investindo milhões em produção, propaganda e venda do produto? Do nosso amigo, que mesmo sendo uma pessoa esclarecida, adulta, sabedora dos perigos que corria ao ingerir álcool, não quis deixar a bebida? Dos amigos, que não o dissuadiram a deixar o vício - e nesse caso todos que o conhecemos temos nossa carga de culpa. De Deus, que nos criou tão frágeis a ponto de nosso corpo se degenerar com o tempo, e com muito mais rapidez quando elementos nocivos à saúde são consumidos, mesmo com tantas advertências e casos conhecidos de pessoas que morreram por causa dos vícios?

Sinto muita tristeza com a situação do Everaldo. Porém, sou consciente de que nossas escolhas na vida determinam em muito como será nosso futuro. Se fumamos, bebemos, comemos muita gordura, traímos nossa esposa, enganamos nosso patrão, em síntese, se enganamos a nós mesmos com as más escolhas na vida, devemos saber que haverá conseqüências. Não é à toa que o verso bíblico afirma que cada homem colhe aquilo que plantou.

Espero que Everaldo se recupere, abandone o álcool e viva ainda muitos anos entre nós.

Esse é o meu sincero desejo.

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