Não quero mais sentir-te minha amada.
Amante és para mim louca paixão
que rasga os sentimentos do meu peito
e apaga os argumentos da razão.
Contigo eu saio em luta encarniçada
na arena cobiçada de teu leito
e corro como um louco alucinado
sentindo as dores do amor dentro do peito.
Não sei se mais sou eu ou serás tu:
me entrego como nunca ousei na vida,
e deixo que tu rompas em feridas
as carnes que guardei na castidade.
E lanço-me, faminto e loucamente,
devoro-te em pedaços qual um cão,
revolvo-te, penetro-te fremente,
no orgasmo incontrolável da paixão.
E ambos, repastados e sem forças,
largados, misturados num só ser,
quedamos no carinho eternizado,
no descanso da volúpia e do prazer.
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