Usina de Letras
Usina de Letras
154 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50606)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->DA MÃE PORTUGAL -- 18/04/2005 - 09:45 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É do caralho esta internet. Não se assuste! Foi através dela que soube não ser “nome feio” a palavra caralho. Como bolina também, que é instrumento de navegação dos barcos. Caralho outra coisa não é que a cesta que fica no alto do mastro da embarcação, de onde, certamente, o marinheiro de Cabral gritou Para os debaixo “Terra à vista!”, ao descortinar a vasta e linda costa baiana, em chegando ao Brasil de abril de 1500. No caralho também ficavam marinheiros de castigo por algum motivo.

Seria este o melhor local para deixar, em quarentena, o desabusado jogador argentino de futebol, Desábato, ao desabar na grama chingando o Grafite de escravo da realeza brasileira... Não valeu o pedido de desculpas do Chefe da Nação brasileira às Nações Africanas, na semana passada. Três dias de caralho, para o argentino, teria sido menos humilhante que as 48 horas que passou da Delegacia de Polícia de S. Paulo... Foi a queixa.

Mas tudo isto para dizer que me senti prestigiado com a atitude do escritor e poeta português Torre da Guia, da cidade do Porto, que encontrei, via internet, na Usina de Letras. Se os neurônios não me traem, ela, a internet, nasceu em função de globalizar a cultura. E está conseguindo.

Entre outros escritos, coloquei na Usina de Letras, poesia que intitulei VOLÚPIA, de conteúdo dignamente erótico, dia 13 passado. Freqüentador do site, Da Guia, resolveu tirá-la da simplicidade de sua apresentação, visto que a seu considerar, merecia melhor desfile. E emoldurou-a ricamente, dividindo-a em estrofes postadas em belo fundo azul. Continua lá. Lindamente exposta.

Trocamos e-mails.
Eu:”Torre da Guia,Evidentemente que me senti lisonjeado com a homenagem que vc fez à minha VOLÚPIA, cercando-a, com a moldura que, de certo, merecia. Contudo, me senti insatisfeito, com a nova vestimenta que lhe deu. Porque? Sou um poeta (ousá-lo-ei ser?)diferente. Aliás tenho uma poesia sobre isto. Fujo dos parâmetros rígidos da literatura e métrica poéticas. Meus versos são rebeldes e não muito dentro da rigidez que lhe imprimem os tão incômodos intérpretes da gente... E a VOLÚPIA? É o seguinte: é paixão, é loucura, sem medidas, desarrumada. No entanto, pareceu que algum espírito de poeta clássico se apossou de minha alma naquele instante. E me traí no decassílabo tradicional. Mas confesso que, mesmo não sendo espírita, foi sem querer...rs... Mas procurei não dividi-la em estrofes, para que não se parecesse, muito, com "patricinhas" bem arrumadinhas, num ambiente que, por si só, há de ser desarrumadíssimo...um ringue de paixões e libidinosidades... Muito quadradinho seu pano de fundo...rs...Se eu o escolhesse, fotografaria uma cama amontoada de lençóis em desalinho, entre travesseiros sobrepostos, roupas íntimas espalhadas em meio a jeans e camisas amassadas...sem esquecer um pé de meia masculina e uma sandália feminina ao léu... Seria este o pano de fundo que imagino para VOLÚPIA.... Fotografo também. Mas não sei fazer as arrumações tão interessantes que arma para as Eróticas que você publica traduzindo, tudo que a gente sente e ainda não aprendeu a passar aos outros. Obrigado pela sua ótima intenção! Mas sinta minhas razões, sem me levar a mal. Abraços! Bosco”

TORRE DA GUIA: “Oi... Amigo BOSCO Antes de mais: levar-lhe a mal o que considero bem? Levar--lhe a mal o que em matéria de gosto pessoal exprime em relação ao poema "Volúpia" de que é autor? Alto lá... Sequer levei a mal quando fiz uma terna carícia a um cão e ele me ferrou. De imediato percebi que deveria, sim, estar quietinho e olhar apenas para o fiel amigo. É, eu pensei que lhe estava a fazer bem e ele por sua vez pensou que eu ia bater-lhe. De resto eu só levo a mal o que estiver mesmo mal de todo, o que de forma alguma é no presente caso. Entendi perfeitamente os seus argumentos e, já que agora estou um pouco ao corrente de suas tendência e preferência poéticas, cuidarei de rectificar a situação. Quiçá daqui acerte no alvo de sua satisfação. Um abraço do Porto – Portugal. António Torre da Guia”

E VOLÚPIA ressuscitou como imaginei. Vejam-na em nova roupagem luzitana. Obrigado, Da Guia!

Poderá existir coisa melhor que sentir o acolhimento daquilo que nasceu de dentro de nós, com tanto carinho e dedicação, e que a gente se propõe a dividir com os outros? E que estes outros a acolham com tanta convicção que pretendam melhorar o escrínio onde possa repousar a pérola produzida?

Como seria bom sempre existissem pessoas cheias de fraternidade para respingar sobre este mundo tão precisado de humanismo e atenção!

Fiquei feliz com mais este amigo que se me fez de terra de Camões, onde, há um lustro, saindo pela vez primeira do Brasil para conhecer a Europa, desci em Lisboa, onde me senti tão brasileiro como no Rio de Janeiro. De lá, tive a oportunidade de chegar a Nazaré, terra de Pedro Álvares Cabral, onde lhe repousam os ossos. Maravilhei-me com a acolhida amiga e aconchegante do povo português.

E, ítalo-luzitano, consegui orgulhar-me de ser brasileiro, filho desta Gentil Pátria Amada, vinda à luz pelas mãos trabalhadoras dos filhos de Portugal, da Terra dos Navegadores.

Nunca parei para pensar que é tão bom ser brasileiro.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui