Levantei-me naquele dia e resolvi parar com aquela vida desgraçada de andarilho.
Fui andando em busca de um lugar onde eu poderia ficar.Talvez para sempre, talvez por alguns dias e depois seguir o meu caminho.
Eu ia andando e o tempo passando.Encontrei um grupo de adolescentes entre 16 e 18 anos que vieram pra cima de mim.Reagi, não podia ficar esperando eles acabarem comigo, por isso reagi ou, ao menos tentei.
Acordei numa cama confortável, dentro de uma casa.Era um lugar agradável, mas toda aquela comodidade era invadida por dores fortes na região do meu abdômem e sobre a minha face.
Eu ouvia vozes e ao tentar me levantar para ver de quem eram as vozes, senti uma dor insuportável e sem querer, gritei.Foi o suficiente para que uma mulher de mais ou menos 40 anos viesse correndo ver o motivo daquele grito de dor:"Você está bem?" perguntou com uma voz suave.
Respondi que sim e perguntei aonde estávamos.Ela disse que era uma casa alugada por um grupo de pessoas que partiriam no dia seguinte.Fui convidado a participar do grupo e sem pensar duas vezes, aceitei.
Uma semana depois, já em outra cidade, acordei e estava sob o efeito de drogas, além disso, estava só.Olhei-me no espelho e vi em minhas costas uma marca feita com ferro quente, na roupa, meu próprio sangue.
Foi a última vez que eu acreditei em alguém.