Conchal , 06 de junho de 2.000
Querido Giovani !
Meu amor, hoje deitada na rede , estendida pela varanda de casa, lembrei-me do quanto somos loucos, apesar da distância de alguns quilômetros , conseguimos manter nosso amor intacto.
Lembro-me de que uma vez eu cheguei à escola meio triste , pois ia viajar naquele dia e durante os seguintes 3 dias (Sexta, Sábado e Domingo ) eu não o veria. Como você também não queria se distanciar ainda mais , topou voltar comigo naquela mesma hora pra Conchal, onde passamos a tarde toda juntos. À noite me senti um pouco chateada , pois de qualquer maneira eu iria viajar e você ficaria sozinho. Mas felizmente você não se deixou abater e me escreveu poemas lindíssimos e dentro de uma caixinha feita com tanto cuidado colocou-os com mais algumas coisas.
Na despedida me senti como que se fosse perdê-lo por 3 dias , mas a sua promessa de me telefonar confortou-me o coração já aflito de tanto bater na mesma letra, G. Quando eu estava no meio do caminho, li tudo o que escreveu e guardei meu entusiasmo dentro daquela tão bonita caixinha que preparou.
Quando cheguei , me deparei com uma belíssima noite, naquele tapete azul escuro onde as estrela pareciam bailar ao som do meu coração já ansioso pela volta. No dia seguinte acordei tão bem (sonhei com vc é lógico !) e logo fui deitar-me novamente, mas agora , naquele grande tapete castor estendido em frente ao mar em que chamamos areia! Pensei em vc a cada milésimo de segundo , a cada instante parecia que ouvia sua doce e forte voz ao meu lado ou ao longínquo fim da praia, quando de repente olhava , num relance eu te via.
Ah , a falta que senti de vc foi tão grande que quando ouvia sua voz ao telefone minha alma me dizia que aquilo não enganava, eu estava a mais de 500 quilômetros de distância de vc , meu amor!
Bom, aqui me despeço com apenas algumas palavras, quando voltei , por mim eu já estaria aí do seu lado te beijando e abraçando.
MIL BEIJOS E ABRAÇOS
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